Nesse ambiente que une a falta de investimentos em áreas sociais – a principal causa da violência nos centros urbanos – e o aparelhamento insuficiente das forças de segurança pública, a Inteseg Treinamentos em Segurança, do empresário Thiago Dayan, destaca-se ao oferecer soluções que podem ser a única alternativa numa situação crítica.
Com pouco mais de seis meses no mercado, a consultoria em segurança, localizada em Cuiabá, ajuda pessoas a agirem em situações-limite, como uma invasão de propriedade ou tentativa de sequestro, a manter a calma sem perder o foco e conseguir se defender da criminalidade que se faz presente nos dias de hoje.
Entre os produtos oferecidos pelo jovem empresário, Thiago explica que o curso Sobrevivência em Combate Urbano, carro-chefe da Inteseg, é destinado a todas as pessoas que têm interesse em se defender. Compondo o conhecimento que é passado aos alunos, destacam-se a legislação e a teoria que dão base a ações práticas – como o manuseio correto e seguro de armas de fogo e direção –, além da simulação de situações reais de combate.
“Depois de oferecermos a base desses conhecimentos de combate urbano, preparamos uma casa dentro do estande, inclusive com portas e janelas, onde simulamos uma situação real de ameaça. Existe um trabalho psicológico, de modo que os alunos fiquem num alto nível de estresse e saibam lidar com isso”, diz.
As cifras de Mato Grosso ajudam a compreender a demanda por essa categoria de prestação de serviço. Segundo o estudo “Homicídios e Juventude no Brasil”, 70% das mortes que ocorrem no Estado cujas vítimas fazem parte da população jovem – com idade entre 15 e 24 anos – ocorrem por fatores relacionados à violência.
O empreendedor de apenas 31 anos sublinha, no entanto, que o curso tem foco na prevenção e não na reação.
“Uma das primeiras lições que passamos é que a pessoa deve sempre procurar ajuda da polícia. Ela deve tomar uma atitude drástica apenas como último recurso”, pondera ele afirmando que o foco da Inteseg é a qualidade, expresso no corpo de instrutores e monitores e nas turmas reduzidas: “Nossos instrutores são pessoas que fazem parte da Força Aérea, do Bope e fizeram cursos fora do Brasil. Temos inclusive parceria com a SWAT, nos Estados Unidos. Privilegiamos a qualidade, por isso nossas turmas têm no máximo 12 alunos”.