Opinião

Insônia

Não consigo dormir. Como demora

Essa vigília que me torna lassa!

Se abro um livro, não leio. E lá fora

Chove.  Há passos na rua… E a ronda passa…

 (Que insônia, Coryna Ferreira Rebuá) 

 

Insônia! E chove tanto! A chuva é fria,

Soluça o vento nesta noite escura,

Parece até que sente dor sem cura,

Ou que morreu o amor que sempre cria!

 

Insônia! Noite longa de agonia,

Que os sonhos, um a um, desfaz, fratura,

Coriscos riscam céu com tal fartura

Que o medo a mim se impõe e me arrepia.

 

E tu? Será que dormes calmamente?

Ou tu te sentes, como a gente sente

E, insone, vês a luz dos relampejos?

 

Interminável angústia me devassa,

A chuva bate forte na vidraça

E canta, como antigos realejos.

 

Edir Pina de Barros é membro da Academia Brasileira de Sonetistas e da Academia Virtual de Poetas de Língua PortuguesaSeus poemas estão disponíveis em vários livros, antologias, revistas eletrônicas e nas mídias sociais.  É doutora e pós-doutora em Antropologia pela USP, professora aposentada (UFMT). Nasceu no Mato Grosso do Sul e hoje reside em Brasília

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