Cidades

Inscrições para o Enem em MT caem mais de 60 mil em dois anos

Em um movimento observado desde 2016, Mato Grosso tem registrado cada vez menos candidatos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que é a principal porta de acesso para o ensino superior em todo o país. Conforme dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), de 2016 para 2018, o número de inscritos caiu em 41%. Além disso, o estado acumula alto número de abstenções nos dias da prova.

Nos dias 4 e 11 de novembro, mais de 5,5 mil pessoas devem realizar o exame em busca de uma vaga na universidade. Desses, 96,7 mil irão realizar a prova em Mato Grosso. O número é o mais baixo dos últimos anos, quando, segundo o Ministério da Educação, em 2016, mais de 163 mil pessoas se candidataram ao Enem em Mato Grosso. Já em 2017, o número caiu para 114 mil. Ou seja, em apenas dois anos, mais de 67 mil pessoas deixaram de prestar o vestibular.

A queda no número de inscrições não é uma realidade exclusiva de Mato Grosso, porém. Segundo o balanço do MEC, a quantia de estudantes inscritos em 2018 foi a menor dos últimos sete anos. Apesar disso, o Ministério da Educação vê a diminuição de candidatos como positiva. Nesta semana, ao apresentar os dados da inscrição em coletiva de imprensa, o ministro da Educação, Rossieli Soares, disse que a queda simboliza “o sucesso das mudanças adotadas pelo MEC e pelo Inep para promover a inscrição consciente e evitar o desperdício da verba pública”.

Desperdício de verbas

Quase 35% dos inscritos para a prova de 2017 não compareceram para realizar o exame. O dado apresentado se refere apenas aos 114 mil candidatos de Mato Grosso, o que representa quase 40 mil pessoas. No total, o número de abstenções ultrapassou os dois milhões, ocasionando o desperdício de R$ 176 milhões dos cofres públicos.

Segundo o balanço, a maior abstenção acontece na faixa daqueles que recebem algum tipo de isenção na inscrição. No último Enem, mais de 4,7 milhões de pessoas conseguiram a isenção do pagamento da taxa, que foi de R$68. Desses, 68,5% faltaram no dia da prova. Considerando a totalidade de inscritos, porém, um terço dos candidatos não compareceu.

Mudanças

Diante do desperdício, o MEC adotou novas medidas para garantir um melhor filtro dos candidatos do Enem.

Inicialmente, quando se instituiu o exame para ingresso nas universidades públicas e como requisito para as bolsas de estudos do Programa Universidade Para Todos (Prouni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o número de inscrições só cresceu, atingindo seu recorde de público em 2014, com mais de oito milhões de candidatos.

Uma das primeiras mudanças implementadas foi o aumento na taxa cobrada para o exame, inicialmente de R$35. Para o exame de 2018, o valor foi de R$82. A justificativa foi a atualização monetária e o custo das provas.

Outra mudança trazida pelo MEC foi quanto a alteração das datas, de um fim de semana para dois domingos consecutivos. Também deixou de ser possível conseguir a certificação do ensino médio por meio do Enem.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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