O Aeroporto Internacional Marechal Rondon deverá ter sua capacidade de embarques ampliada em três milhões de passageiros até o dia 30 de agosto deste ano. A informação foi repassada pelo presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Antonio Claret de Oliveira, que administra o aeroporto e esteve no terminal aeroportuário na manhã desta quinta-feira (9).
De acordo com Claret, o Marechal Rondon tem capacidade para 2,5 milhões de passageiros anualmente, mas, apesar da crise econômica e a redução de 14% no número de viajantes, ele opera com uma demanda de três milhões de usuários por ano.
O presidente afirmou que as obras de ampliação do local estão próximas de serem terminadas e que a Infraero está tentando inverter a imagem negativa do aeroporto – nas pesquisas realizadas pela Secretaria de Aviação Civil (SAC) o Marechal Rondon amarga os últimos lugares.
“Se não tiver nenhum tsunami, nós garantimos dentro da normalidade fazer tudo que for possível para até 30 de agosto, nós termos o aeroporto pronto”, garantiu Claret.
Ele ainda reforçou que o aeroporto tem melhorado em relação as duas últimas visitas que fez ao terminal aeroportuário. Na pesquisa realizada pela SAC em outubro de 2016, o aeroporto amargava a ultima colocação, mas no último levantamento pulou uma posição e está em 14º lugar no ranking que avalia os 15 aeroportos mais movimentados do Brasil.
“Nós estaremos contribuindo fortemente para o crescimento de Mato Grosso, porque ainda temos dificuldade com estrada, temos dificuldade com ferrovias e rodovias, mas o aeroporto estará pronto”, afirmou Antonio Claret.
Secid tem até junho para concluir obras
Segundo a Secretaria de Estado de Cidades (Secid), comandada pelo secretário Wilson Santos (PSDB), até o momento, a execução da obra no aeroporto atinge 78,63% do total contratado e já foram pagos R$ 64,9 milhões, dos R$ 83,9 milhões.
Ainda segundo a Secid, o secretário Wilson Santos assinou uma autorização que estabelece um aditivo de prazo de sete meses (221 dias) para execução do contrato (065/2012), contado a partir de novembro de 2016. Com isso, o prazo do aditivo venceria em junho deste ano.
As obras chegaram a ficar paradas por 10 meses e foi reiniciada em outubro de 2015, após rodadas de negociações com o consórcio Marechal Rondon, formado pelas empresas Engeglobal, Farol Empreendimentos e Multimetal Engenharia.
A obra do aeroporto também está inclusa no Termo de Ajustamento de Gestão (TAG), firmado entre o Consórcio, o Estado e o Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT). A previsão para conclusão das obras no TAG era até outubro de 2016, por isso foi necessário o aditivo de prazo de sete meses.
A Secid informou também que o novo sistema de ar condicionado instalado no aeroporto entrou em funcionamento na segunda quinzena do mês de dezembro de 2016. Além disso, a execução dos serviços de implantação de forro na cobertura do aeroporto e a instalação de pontes de embarques (fingers) estão próximas de serem concluídas.
Os outros serviços são a instalação de pontes de embarque, reforma e adequação de vias de serviço, sinalização horizontal do pátio de aeronaves, assim como a reforma, adequação e ampliação do sistema rodoviário interno do aeroporto. De acordo com a assessoria de imprensa da pasta, boa parte destes itens já foi concluída.
Voo de Negócios
A Infraero está de portas abertas para empresários que tenham o interesse de investir em empreendimentos em oito aeroportos administrados pela empresa. O presidente garantiu que basta a vontade do empresariado e que o setor comercial da empresa estatal está “bem estruturado” e com pessoal qualificado para atender aos interessados.
Nos aeroportos de Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Ponta Porã (MS), Corumbá (MS) Uberaba (MG), Uberlândia (MG) e Palmas (TO), são 232 pontos comerciais. Há ainda espaço para diversos empreendimentos fora do terminal, que podem receber tanto serviços de hospedagem, como postos de combustíveis e de prestação de atividades ligadas à operação e manutenção de aeronaves.
A Infraero também afirmou estar instalando “sistemas diferenciados populares”, trazendo lojas com preços “mais acessíveis”.
“Nós estamos abrindo as portas não só para as grandes grifes, mas também para as grifes com preço mais baixo, as famosas lanchonetes populares, por exemplo, para poder competir com as outras”, comentou.