Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada neste mês mostra que Mato Grosso teve aumento de 9,3% na produção industrial na passagem de fevereiro para março de 2023. O indicador, que foi o maior do país no recorte mensal, foi puxado pelos setores de produtos alimentícios (carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, óleo de soja refinado e resíduos de extração de soja), bebidas, produtos de madeira, biocombustíveis, produtos químicos (fertilizantes químicos das fórmulas NPK e Cloretos de potássio) e produtos de minerais não metálicos (clinquer e argamassas).
Os resultados mostram uma recuperaçãono início do ano, mas ainda tímida em relação aos níveis de 2022, segundo o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Sílvio Rangel. De acordo com o representante, o setor mato-grossense deve continuar crescendo – com destaque para setor de alimentos e de biocombustíveis. “Temos potencial para expandir esses setores, o trabalho é dar ênfase na verticalização da indústria, expandindo os mercados nacional e internacional”.
Desenvolvimento do setor gera empregos
Construção de fábrica de farinha de trigo deve fomentar o mercado de trabalho em Mato Grosso. Conforme a empresa Moinho Anaconda, a estimativa é gerar 30 empregos diretos e, após a expansão com moinho, mais de 230 postos de trabalho. Executivos da companhia estiveram em Barra do Garças, Primavera do Leste e Rondonópolis para definir em quais dessas cidades eles farão o aporte financeiro ainda neste ano.
“São cidades localizadas, estrategicamente, nas rotas comerciais que temos. Tanto essas cidades quanto Cuiabá são importantes pontos logísticos para atendimento comercial de toda a região Centro-Oeste”, comenta o diretor da unidade da Moinho Anaconda em Curitiba, Max Piermartiri.
A unidade que será instalada em Mato Grosso, por ora, seria uma indústria para o envase, ou seja, ensacar a farinha de trigo vinda da fábrica de Curitiba. A abertura da fábrica tem o objetivo de estimular a produção do cereal no estado. “Não só para o consumo interno, mas também para exportação para outros estados e, eventualmente, para outros países”. (com informações da assessoria)