A Indonésia bloqueou o acesso ao Telegram nesta sexta-feira (14) sob a acusação de que o serviço de troca de mensagens criptografadas é usado para disseminar “propaganda radical e terrorista”.
A iniciativa surge em meio ao aumento da presença e influência do Estado Islâmico no sudeste asiático, já que o grupo terrorista perde território na Síria e no Iraque. A Indonésia é o maior país com maioria islâmica do mundo.
O país já foi palco de alguns atentados. Em maio, dois atentados a bomba explodiram um ponto de ônibus na capital Jakarta e matou três policiais. Depois disso, a Indonésia se uniu à Malásia e às Filipinas e formou uma cooperação para combater o terrorismo.
“Isso tem de ser feito porque há muitos canais nesse serviço [Telegram] que estão cheios de propaganda radical e terrorista, ódio, meios de fazer bombas, como elaborar ataques, imagens perturbadoras, em que tudo que está em conflito é a lei da Indonésia”, informou o Ministério das Comunicações em comunicado.
O departamento governamental informou que tanto o aplicativo quanto a versão para computadores seriam bloqueadas no país.
O Telegram é uma plataforma bastante conhecida entre os simpatizantes do Estado Islâmico, que usam suas várias salas de bate-papo. O ministério não informou se vai bloquear outros apps.
Muitos app como WhatsApp e Telegram oferecen criptografia de ponta a ponta, de forma que nem mesmo a empresa que desenvolve essas plataformas é capaz de ler essas mensagens.