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Indiciado por assassinato continua foragido e não vai à audiência

Foto: Ednei Rosa

Alexsandro Abílio Farias, 30 anos, réu confesso do assassinato do empresário Adriano Henrique Maryssael de Campos, em junho de 2011, não compareceu a audiência de instrução e julgamento ocorrida no fim da tarde desta quinta-feira (04), que encerrou a primeira fase do processo. O ex-vigia da agência bancaria do Itaú está foragido.

O advogado de Alexsandro, Neyman Monteiro, voltou a pedir a revogação da prisão preventiva do indiciado, que deve ser analisada no prazo de cinco dias pelo Ministério Público Estadual (MPE). No entanto, até mesmo a defesa do réu não acredita em uma decisão favorável, já que um primeiro Habeas Corpus já foi negado pelo Tribunal Regional de Justiça.

O promotor de Justiça que acompanha o processo, Célio Wilson de Oliveira, adiantou que sua decisão será pela permanência do mandado de prisão.

Após a audiência, que ouviu três testemunhas do caso, sendo uma de acusação e duas de defesa, as partes terão o prazo de cinco dias para apresentar as alegações finais. Seguindo os tramites judiciais, o juiz Murilo Mesquita deve apresentar o seu parecer.

A defesa trabalha para a desqualificação da tese de homicídio qualificado, casos em que se configura a não há possibilidade de defesa da vítima. 

Neyman Monteiro adiantou que irá manter o seu posicionamento na expectativa que seu cliente seja julgado por homicídio simples. 

“Se o juiz entender pelo homicídio qualificado, nós vamos entrar com um recurso para desqualificar e julgar como homicídio simples”, explicou Neyman.

Caso seja julgado por homicídio qualificado, Alexsandro pode pegar entre 14 e 16 anos de prisão.

Depoimentos 

Na tarde de hoje foram ouvidas três testemunhas. O primeiro a prestar esclarecimentos foi o motociclista que teve sua moto roubada por Alexsandro, quando o ex-vigia fugia do local do crime. Segundo o depoente, o réu saiu da agência bancária às pressas retirando o colete e boné da empresa de segurança em que trabalhava. Alexsandro chegou a apontar a arma para o motociclista. “Ele apontou a arma na minha cabeça e disse: Desce da moto que eu acabei de matar um cara ali dentro do banco”, afirmou a testemunha de acusação.

O segundo a testemunhar foi um homem que no dia do assassinato estava dentro da agência bancária. Conforme sua declaração em juízo, a vitima, Adriano Henrique Maryssael de Campos, entrou no local e após ser barrado pela porta de detector de metais, ameaçou o ex-vigia dizendo que o mataria.

O terceiro e último depoimento foi do irmão de Alexsandro. Ele afirmou que o réu chegou a reclamar com familiares de inúmeras situações de conflito com o assassinado. A testemunha alegou que não tem contato com o seu irmão, desde o dia do crime.

Assassinato

Na época, o crime ganhou grande repercussão na região. A fatalidade ocorreu em junho de 2011, dentro da agência bancária do Itaú, localizada na Avenida Carmindo de Campos, em Cuiabá. 

Adriano Henrique Maryssael, proprietário de um restaurante na capital, foi baleado enquanto saia da agência bancária pela porta giratória. Após o crime, Alexsandro fugiu, mas dias depois se apresentou à polícia e confessou o crime. Como não tinha antecedentes criminais, foi liberado.

Em depoimento à polícia, Alexsandro disse que matou o empresário porque estava sendo humilhado pela vítima. 

As imagens do circuito interno de TV da agência bancária mostraram o empresário segurando um pedaço de papel, entrando no banco, neste momento a porta acaba travando. O fato acabou gerando uma discussão entre empresário e vigia.

Na saída, no momento em que Adriano estava passando pela porta giratória, Alexsandro disparou três tiros que atingiram o rosto e as costas da vítima.

Redação

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