A indecisão do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), tem incomodado os seus aliados. Considerado um dos grandes nomes para disputar o Governo do Estado contra Pedro Taques (PSDB), que planeja concorrer à reeleição, Mendes não tem se mostrado seguro em relação ao pleito.
O ex-prefeito, que era uma aposta do Democratas desde que se filiou ao partido, se reuniu com correligionários, entre eles o deputado estadual Dilmar Dal’Bosco, o deputado federal Fábio Garcia – atual presidente da legenda no Estado –, os irmãos Júlio e Jayme Campos e outros membros da legenda. No encontro, Mendes pediu um tempo para definir se irá participar da disputa eleitoral deste ano.
Mesmo a contragosto, pois esperam uma resposta o quanto antes para definir o rumo da legenda em 2018, os membros do Democratas concederam prazo até 20 de maio para que Mendes decida se pretende disputar o Governo do Estado.
Para que decida seu futuro, Mendes deve levar em consideração questões financeiras, pois suas empresas atualmente se encontram em recuperação judicial. Pessoas próximas ao democrata afirmam que as dificuldades nas empresas ocorreram em razão do tempo em que Mendes esteve na Prefeitura e passou a dedicar-se menos à vida empresarial.
Diante do impasse, o Democratas tem considerado o nome do ex-governador Jayme Campos como o mais provável para uma disputa ao Governo do Estado.
Em recente entrevista à rádio Capital FM, Jayme comentou que a legenda possui outras opções, além do seu próprio nome e do de Mendes.
“O partido tem plano A, B, C, D, E etc. Independente do Mauro, o Democratas pode ter outros candidatos, assim como pode buscar coligação partidária. É simples. Essa é uma matéria que vai ser discutida entre o dia 20 ou 25 de maio. A partir daí, o assunto vai estar fechado e vamos acertar quem é o candidato. É Mauro? Jayme? Fabinho [Garcia]? Botelho? Porque nome tem até demais, para dar, vender, emprestar e alugar. Tem gente demais para ser candidato”, declarou.
“Eu, particularmente, estou pronto. O partido é quem vai definir em qual posição o Jayme Campos vai jogar. É governador? Pronto. É senador? Pronto. Não há dificuldade alguma. Estou pronto para ir à luta. Em todas as pesquisas que estão fazendo, estou sendo bem avaliado tanto para governador como para senador”, acrescentou.
Jayme Campos assegurou que, ao menos a princípio, o DEM não abre mão de liderar chapas majoritárias na disputa eleitoral deste ano. “As coisas estão caminhando de forma natural e normal, dentro do que foi estabelecido no cronograma político do nosso partido. Temos uma proposta de oferecer a possibilidade de ter candidato a governador, a senador e eleger uma boa bancada de deputados estaduais e federais”.
A partir da próxima quinta-feira (25), o DEM pretende realizar encontros regionais, para avaliar os rumos que poderá tomar na disputa deste ano.
Sobre a possibilidade de se aliar a Pedro Taques na disputa deste ano, em caso de desistir de lançar um candidato ao Governo, Jayme Campos é enfático ao justificar que a legenda não cogita esta hipótese, ao menos a princípio.
“Em politica, tudo é possível. Se vai coligar e caminhar junto, não é o Jayme Campos que vai definir. Existe um diretório, 58 mil filiados e essas pessoas devem ser, no mínimo, ouvidas, para que a gente possa tomar uma decisão de forma correta e inteligente. Acima de tudo, deve ser uma decisão democrática. O DEM, hoje, merece um tratamento diferenciado, pelo tamanho que tem”, declarou.
