Os incêndios no Pantanal mato-grossense já devastaram mais de 2,5 milhões de hectares, sendo 311 mil somente nas últimas duas semanas, o que representa 17,8% da área total queimada. Os dados são do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) Prevfogo em parceria com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA/UFRJ)
As queimadas no bioma duram mais de dois meses. Nas últimas semana ocorreram chuvas isoladas, que não foram suficientes para conter as chamas.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a umidade ajuda o combate ao fogo. No entanto, as temperaturas altas têm prejudicado o trabalho.
Fumaça sobe de incêndio no Pantanal em Poconé, Mato Grosso, no dia 27 de agosto — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Nesta terça-feira (29), a temperatura deve ficar em cerca de 40°C graus e a preocupação é que o fogo retorne com força.
Equipes de vigilância e atenção especial estão monitorando pontos estratégicos do Pantanal para evitar que o fogo avance..
Agora, os focos ativos estão na região sul da estrada transpantaneira, em Porto Jofre.
Desde janeiro, o Inpe registrou 17 mil e 491 focos de calor no pantanal.
Os números são maiores do que todo o ano de 2019, que registrou 10.025 focos. Um aumento de 74%.
De acordo com o governo de Mato Grosso, já foram mais de R$ 22 milhões gastos para o enfrentamento dos incêndios no bioma, com o uso de 40 equipes espalhadas por todo o estado para o combate ao fogo, sete aeronaves, três helicópteros e mais de 2.500 profissionais envolvidos, desde bombeiros militares, voluntários, integrantes da Defesa Civil e do Exército.
O governo já aplicou mais de R$ 190 milhões em multas por uso irregular do fogo e tem endurecido contra os criminosos, sendo que as multas estão sendo levadas para os órgãos de proteção ao crédito, como SPC e Serasa, além das implicações criminais.