Na cadeia de Qilinto estão detidos líderes da oposição, ativistas e jornalistas (Foto: Reprodução/YouTube/ATtv Ethiopia)
Pelo menos 23 pessoas morreram no final de semana em decorrência de um incêndio na prisão de Qilinto, situada nos arredores de Adis-Abeba, onde estavam detidos vários presos políticos etíopes, informou nesta segunda-feira a imprensa local.
O incêndio começou no sábado nesta prisão de alta segurança, onde posteriormente os guardas penitenciários começaram a disparar contra alguns presos para impedir, supostamente, que fugissem.
No total, 21 pessoas morreram por asfixia ou devido a graves queimaduras, enquanto outros dois presos foram baleados quando tentavam escapar, explicou a televisão etíope "Fana Broadcasting Corporate" (FBC), citando fontes governamentais.
Segundo a versão do governo etíope, o fogo foi provocado por alguns prisioneiros que planejavam fugir do local, onde estão presos líderes da oposição, ativistas e jornalistas.
Desde novembro, as forças de segurança mataram mais de 500 pessoas, em sua maioria manifestantes, e detiveram milhares deles durante a repressão dos protestos registrados em Oromia, a maior região da Etiópia, segundo as estimativas de várias organizações, entre elas a Human Rights Watch (HRW).
O governo etíope detém de forma periódica intelectuais e figuras proeminentes porque teme que sua influência política possa encorajar a população a se rebelar contra a administração.
Protestos similares ocorreram em abril de 2014, quando também houve mortes, feridos e detenções maciças de manifestantes.
Fonte: G1