A Associação de Peritos do Estado do Rio denunciou ao RJTV nesta terça-feira (29) que a geladeira do Instituto Médico Legal está com defeito e os corpos estão nos corredores da unidade, alguns já em estado de decomposição. Segundo eles, somente nesta segunda-feira (28) trinta corpos estavam fora da refrigeração.
Na entrada do IML, as famílias esperam pela liberação dos corpos dos parentes e relatam o que ouvem dos funcionários da unidade. Segundo eles, uma das explicações é a falta de médicos para trabalhar e também o espaço nas geladeiras. A liberação pode demorar até três dias, segundo algumas pessoas. Funcionários do IML também dizem para os parentes das vítimas que eles estão sem pagamento o que seria um dos motivos do atraso nos exames.
Nesta terça, o comerciante Jorge Luiz de Souza foi até o instituto em busca do corpo do pai e descobriu que ele foi liberado por engano para outra família.
Um outro problema foi apontado por fontes da Polícia Civil ao RJTV. Por causa da crise nos hospitais estaduais diminuiu o número de médicos que fazem os atestados de óbito nas unidades. Com isso, corpos que deveriam ser liberados direto dos hospitais estão sendo levados para o instituto.
Segundo a polícia, uma das geladeiras está com defeito, mas a empresa de manutenção já foi chamada para fazer o conserto. Eles informaram ainda que as que estão em funcionamento comportam os corpos que estão no instituto. Sobre o corpo liberado por engano para outra família, a polícia não informou como ele será recuperado.
A Secretaria de Saúde do Estado não respondeu sobre a liberação dos corpos que tiveram morte natural nos hospitais e foram levados para o IML.
Fonte: G1