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Ilha da Banana concentra maioria dos casos de roubos e furtos

Foto: Reprodução

Conhecida como ‘Ilha da Banana”, a região entre as Avenidas Coronel Escolástico e da Prainha concentra um dos principais pontos de vendas de drogas na Capital e também locais de roubo a pessoa, como indica a análise criminal da Coordenadoria de Estatísticas da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT).

De janeiro a 30 de abril, foram registrados 3.550 roubos (crime contra o patrimônio mediante violência) em Cuiabá, 27% a menos do que no mesmo quadrimestre de 2016. Também foi observada a redução nos registros de furtos (crime contra o patrimônio mediante violência) na Capital, baixando 10% em relação a 2016. Foram 4.466 casos contra 4.978 no ano anterior.

Contudo, a maioria dos casos de roubo a pessoa se concentram na região Centro-Norte de Cuiabá, nas imediações da Ilha da Banana, Morro da Luz, Beco do Candeeiro. Foram registrados 153 casos de roubos a pessoa no período de 1º de janeiro a 21 de maio, naquela região, enquanto no Centro-Sul foram 93 casos. Os períodos entre 18h e 21h e as terças-feiras são os que apresentam casos mais frequentes de assaltos.

“A área central não se trata apenas de um problema de segurança pública, mas um problema social, que precisa envolver outros órgãos imbuídos na mesma missão. Já fizemos quatro ou cinco operações em conjunto. Surtiram resultados, mas precisamos que a Prefeitura atue também ali. As operações são feitas e os números estão caindo”, comentou o comandante regional de Cuiabá, coronel PM Edgar Maurício Monteiro Domingues.

Os crimes contra o comércio na Capital ocorrem, geralmente, nos sábados, das 15h às 18h. Já nas residências, costumam ocorrer nas quartas-feiras, entre as 21h e a meia-noite. No período de janeiro a 21 de maio, o bairro Pedra 90 foi o que mais registrou casos de roubos: 18.

“Em relação aos bairros, a análise criminal mostra que o Pedra 90 subiu um pouco e, com base nisso, vamos intensificar o policiamento nessa região com intuito de baixar esses índices”, disse o coronel Maurício.

De acordo com a delegada titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá, Luciani Barros, a repressão aos roubos e furtos cometidos na região central passa também por políticas públicas de prevenção e tratamentos aos usuários de drogas, que se concentram na localidade. A delegada ponderou que a região conhecida como "Ilha da Banana" é um dos pontos que mais demandaram atenção das forças policiais, por ser ali foco de dependentes químicos que cometem pequenos delitos para compra de entorpecentes.

"Fizemos um trabalho junto com a Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica), focado na 'Ilha da Banana', no sentido de conduzir os moradores e frequentadores, para fazer a identificação civil e criminal e, assim, facilitar o reconhecimento fotográfico", disse.

A delegada lembrou que a Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), em atenção a essa problemática, fortaleceu o trabalho de repressão às denominadas "cracolândias" e o fechamento de bocas de fumo em bairros da região central, assim como nos periféricos, para ajudar na redução das estatísticas dos crimes patrimoniais e contra a vida.

Do outro lado da ponte

Em Várzea Grande, a redução de roubos foi de 29%, baixando de 1.982 casos em 2016 para 1.404 de janeiro a 30 de abril. Os roubos contra pessoa ocorrem das 18h às 21h, nas segundas-feiras, e nas quartas-feiras, das 18h às 21h, foram registrados os casos mais recorrentes de crimes contra o patrimônio. Na sexta-feira, das 12h às 15h, são mais intensos os crimes contra o comércio.

O centro de Várzea Grande e o Cristo Rei concentram os casos de crimes contra a pessoa e contra o comércio. Já o Jardim Eldorado e o Jardim Itororó registraram os casos de roubo a residência, com 13 e nove registros, respectivamente.

“Nós estamos focando o trabalho ostensivo para a repressão do roubo ao comércio e a pessoa na região central nos horários e dias de maior incidência. Conseguimos reduzir as ocorrências de roubos e estamos direcionando nossos trabalhos para dar resposta à sociedade. Trabalharemos, por meio do núcleo de análise criminal, junto à região central, que reúne maior número de comércios e circula mais dinheiro. Vamos visitar o comércio para direcionar os trabalhos e orientar os comerciantes num trabalho junto ao Conseg (Conselho de Segurança Pública) Central”, explicou o comandante regional de Várzea Grande, coronel Alessandro Ferreira da Silva.

Em Várzea Grande, a delegada Elaine Fernandes da Silva, titular da Delegacia de Roubos e Furtos (Derf-VG), informou que a unidade implantou o núcleo de pronta resposta aos locais de roubos. "Essa metodologia tem proporcionado um resultado extremamente positivo, pois aumentou o número de prisões em flagrante. Só na última semana, foram duas quadrilhas desarticuladas. Isso é reflexo de um trabalho sério que vem sendo desenvolvido pelos delegados, escrivães e investigadores", afirmou.

Com Assessoria

Redação

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