******* ATENÇÃO ************ ATENÇÃO ************* ATENÇÃO *****
Atenção senhor (a) editor (a): esta retranca substitui a anterior, enviada às 20h07 da terça-feira, 5, que continha um erro no sexto parágrafo. A linha de ‘outras receitas operacionais’ teve um acréscimo vindo das vendas dos shoppings Market Place e Galleria, e não como estava escrito. Já o ganho relacionado ao CRI foi espalhado por várias linhas do balanço. Segue a versão corrigida.
***************************************************************
A Iguatemi, rede de 17 shoppings e outlets, fechou o segundo trimestre de 2025 com lucro líquido ajustado de R$ 208,5 milhões, montante 95,7% maior do que no mesmo período de 2024. O salto ocorreu por efeitos não recorrentes relacionados à compra e venda de empreendimentos no setor.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 445,4 milhões, avanço de 91,2% na mesma base de comparação. O FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) ajustado atingiu R$ 240,4 milhões, salto de 56,2%.
A receita líquida ajustada foi de R$ 407,2 milhões, crescimento de 27,8%.
O balanço da companhia foi “distorcido” pela compra das participações da Brookfield nos shoppings Paulista e Higienópolis. A transação foi realizada por um consórcio liderado pela Iguatemi em parceria com fundos imobiliários, pelo valor total de R$ 2,9 bilhões – a maior já registrada no setor.
A Iguatemi ficou com uma parte de R$ 700 milhões nesse negócio. No entanto, o balanço do segundo trimestre contabilizou, temporariamente, uma participação maior, que pertence aos sócios. Isso porque a operação envolveu um empréstimo-ponte de R$ 795 milhões, na forma de um Certificado de Recebível Imobiliário (CRI), emitido pela Iguatemi para que os fundos imobiliários parceiros pudessem captar recursos e selar a compra. Como os parceiros pagaram o CRI apenas em 30 de junho, a Iguatemi teve que contabilizar a parcela deles. No próximo balanço, esse efeito não vai mais existir.
Na prática, isso engordou várias linhas do balanço, da receita ao lucro. Como contrapartida, a companhia transferiu o resultado para os parceiros, o que foi computado na linha de despesas financeiras. “Entregamos a participação imobiliária, e eles nos entregaram o CRI. Por isso, o resultado dos shoppings passou pela nossa demonstração financeira”, explicou o vice-presidente financeiro da Iguatemi, Guido Oliveira.
Outro efeito não recorrente no trimestre foi o ganho de capital de R$ 139,1 milhões proveniente das vendas dos shoppings Market Place e Galleria. Isso entrou na linha de “outras receitas operacionais”.
Excluindo as participações do CRI e do ganho de capital com a venda dos ativos, a Iguatemi teve resultados mais enxutos, mas ainda assim ascendentes. o lucro líquido recorrente no segundo trimestre foi de R$ 109,6 milhões, crescimento de 2,8% na comparação anual. O Ebitda recorrente foi de R$ 288,4 milhões, alta de 23,8%. O FFO recorrente chegou a R$ 141,2 milhões, queda de 8,2%, pressionado por juros.
A receita líquida recorrente do grupo atingiu R$ 389,0 milhões, crescimento de 22,1%, com avanço em todas as suas áreas. A receita com locação de espaços a lojistas alcançou R$ 307,7 milhões, avanço de 22,6%, decorrente dos reajustes dos aluguéis e do aumento da ocupação dos shoppings.
A receita com estacionamento bateu em R$ 72,5 milhões, alta de 33,4%, com maior fluxo de veículos e subida dos tíquetes. Outro destaque foi a receita de varejo (lojas e comércio eletrônico) de R$ 53,1 milhões, subida de 39,5%. “Foi um trimestre muito bom em termos financeiros e operacionais, com a consolidação das participações adquiridas”, acrescentou o vice-presidente.
Operacional
As vendas totais da rede atingiram R$ 6,3 bilhões no segundo trimestre, uma alta de 27,4%, impulsionadas principalmente pela aquisição do Shopping Rio Sul meses atrás, e do Pátio Paulista e Higienópolis neste trimestre. As vendas no critério mesmas lojas aumentaram 12,1%, enquanto os aluguéis no critério mesmas lojas cresceram 10,4% (acima do IGP-M médio de 5%).
A ocupação média dos shoppings alcançou 96,4%, alta de 1,4 p.p. na comparação anual. E o custo de ocupação dos lojistas (medido como porcentual das vendas) baixou 0,3 p.p., para 10,5%. A inadimplência líquida dos lojistas foi de 0,3%.
“Nossos shoppings contam com uma requalificação contínua do mix e lojas fortes”, citou Oliveira. “Além disso, o inverno ajudou. É uma época em que as pessoas procuram mais os shoppings e compram mais. Os varejistas foram bem”.
O vice-presidente acrescentou que está otimista com os negócios no segundo trimestre. A expectativa é que as vendas dos shoppings e as receitas se mantenham em alta, o que reitera as metas anunciadas para o ano.
A Iguatemi tem guidance de crescimento de 7% a 11% na receita líquida, margem Ebitda de 82% a 85% na unidade de shoppings e 75% a 79% no consolidado. “Vamos bater o guidance da receita e ficar no teto da margem Ebitda”, estimou Oliveira.