O engenheiro, que estava no município para trabalhar em uma empresa de pavimentação da rodovia AM-230, a Transamazônica, relatou que passou fome e não conseguiu encontrar frutas ou caçar animais nos dias que esteve perdido na mata. Ele contou ainda que chegou a comer abelhas e moscas para conseguir sobreviver. Mesmo debilitado e tendo passado por momentos difíceis, Gileno afirmou estar feliz. "Espero devolver a todos aqueles que me conhecem e convivem comigo em dobro aquilo: a grande felicidade", disse.
Após ser resgatado, o homem prestou depoimento à polícia de Apuí e relatou que teve um desentendimento com moradores do município antes de desaparecer. "Ele teve problemas particulares com uma família. Temia retaliações, ficou aflito e resolveu sair da comunidade em direção a Apuí. Pegou, no primeiro momento, carona no próprio caminhão da empresa que foi até o km 7. Após isso, pegou carona com morador da vila, ficou 3km a frente, resolveu caminhar pelo pasto, entrou na floresta e se perdeu", explicou o delegado.
Desaparecimento
Gileno desapareceu no dia 7 de agosto na comunidade de Sucunduri, localizada nas proximidades de Apuí, município a 453 km de distância de Manaus. Ele foi achado pelo grupo de busca dos Bombeiros e da Polícia Militar (PM), com auxílio de cães farejadores em uma área de mata fechada na manhã desta terça-feira (19).
G1