A Justiça determinou a transferência do comerciante Adônis José Negri, de 61 anos, preso desde o dia 1º de setembro. Adônis é acusado de ter colocado veneno em um achocolatado da marca Itambé, o que causou a morte de uma criança de 2 anos.
Segundo a decisão assinada pelo juiz Jurandir Florêncio Castilho Júnior, da 14ª Vara Criminal de Cuiabá no dia 12 de setembro, o motivo da transferência seria o “zelo pela integridade física” do detento.
Preso até então no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), Adônis foi encaminhado para o Centro de Custódia da Capital (CCC) e o caso corre em segredo de Justiça.
Investigação
O delegado da Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), Eduardo Botelho, explicou que a tragédia foi causada por um veneno utilizado para matar ratos.
Ainda segundo Botelho, Adônis José teria colocado o veneno na bebida a fim de se vingar de um ladrão que estava furtando suas mercadorias.
Deuel de Resende Soares, de 27 anos, furtou o produto, e o vendeu para o pai da criança que ingeriu o achocolatado envenenado. O idoso negou em seu depoimento que teria colocado o veneno na bebida com a intensão de matar o assaltante, mas sim os ratos.
Entenda o caso
A família do menino buscou atendimento médico na Policlínica do Coxipó, segundo a mãe, a criança havia ingerido a bebida e começou a passar mal, com principio de desmaio na quinta-feira (25.08). Os médicos da unidade tentaram reanima-lo, porém, a criança veio a óbito no local.
As caixas do produto foram apreendidas pela polícia no início das investigações. Três caixas ainda estavam fechadas e duas abertas, sendo uma vazia. O material foi encaminhado para a Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) para análise.
Na época a vigilância Sanitária de Mato Grosso emitiu um alerta determinando a retirada do lote MA 21:18 e o caso repercutiu nacionalmente, levando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a suspender o mesmo lote do achocolatado Itambezinho em todo território nacional.