Apesar da melhora no ranking, os dados da ONU não revelam avanço significativo em educação e expectativa de vida. A média de estudo na América Latina é de 7,9 anos; no Brasil, 7,2 anos. O número é o mesmo desde 2010.A coordenadora do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, Andreia Bolzon, minimizou o fato de os números permanecerem inalterados. Segundo ela, a ONU teve que usar dados mais antigos para a média de anos de estudo porque eram os números passíveis de serem comparados com a evolução dos demais países.
Segundo ela, levantamentos mais atuais revelam que o Brasil avançou para uma média de 7,6 anos de estudo, ainda abaixo, porém, da média da América Latina. A expectativa de vida do brasileiro teve um ligeiro aumento, de 73,7 anos em 2012 para 73,9 anos em 2013. Mas segue abaixo da média latino-americana, de 74,9 anos.De acordo com o relatório das Nações Unidas, os países da América Latina com maior grau de desenvolvimento humano são Chile (41º no ranking), Cuba (44º) e Argentina (49º). Os três países são classificados como de muito elevado desenvolvimento.
Outros 29 países da região estão classificados como de elevado desenvolvimento ou médio desenvolvimento. Somente o Haiti permanece no grupo de baixo desenvolvimento humano.Apesar desses indicadores, a melhora nos índices da América Latina desacelerou nos últimos anos.De acordo com as Nações Unidas, o crescimento anual do IDH na região caiu pela metade nos últimos cinco anos em comparação com o crescimento verificado entre 2000 e 2010.
O relatório atribui a desaceleração à crise financeira internacional e sugere a criação de um Fundo Monetário Latino-Americano para completar reservas internacionais que servem de auxílio para países em situação de vulnerabilidade financeira.De acordo com a ONU, 45 milhões de pessoas da América Latina e Caribe correm risco de cair na chamada pobreza multidimensional, quando há a carência de condições mínimas para a sobrevivência digna, como alimentos e saneamento básico.
G1