O percurso teve 140 quilômetros, com variações de barro, cascalho, serras, pontes, mata-burros e todo o tipo de dificuldades. A trilha incluiu passagens pela região do Vale dos Sonhos, comunidade Milagrosa, Cafundó, Boião, finalizando na linda vista do Salto Dardanelos.
A parada para almoço foi na Fazenda Nossa Senhora do Loreto, na região do Vale dos Sonhos, de propriedade da família Capellesso, onde foram servidos vários costelões aos animados aventureiros.
A advogada Elves Marques Coutinho comemorou sua participação no evento. “Gosto da natureza e sempre que posso faço minhas aventuras”, frisou agradecendo aos homens que foram solidários com a galera feminina nos locais mais acidentados. “Foi um passeio maravilhoso e já estou pronta para participar de outros”.
“Mesmo com várias dificuldades, com muitos obstáculos e tensão em alta, conseguimos realizar o percurso. Pudemos conhecer belos locais turísticos do município, uma maravilha poder compartilhar com minha filha esses momentos aventureiros”, destacou Sidinei Bernadon.
Já o empresário Diego Coelho destacou o espírito aventureiro dos que participaram do Ecocross: “Graças à minha equipe que preparou o carro para enfrentar as trilhas, consegui finalizar o evento, cansado, mas pronto para outro”.
Na avaliação do secretário municipal de Turismo, Ary Linhares, o resultado foi bastante satisfatório. “Foi um evento de emoção e adrenalina, mas também de confraternização, e teve o objetivo de trazer jovens e famílias para conhecer e desfrutar das belezas dos caminhos de Aripuanã”, analisou, observando que o evento já está marcado no calendário oficial do município.
"Nós nos preocupamos também com a questão ecológica e ambiental, por isso escolhemos trechos em matas nativas, riachos, ribeirões, com a presença de pássaros e animais silvestres” completou o prefeito Ednilson Luiz Faitta, ao final da aventura.
Mata nativa e turismo ecológico
Fundado em 31 de dezembro de 1943, o município de Aripuanã, sede da escola criativa São Francisco de Assis, só foi instalado em 19 de abril de 1944. Parte do seu território foi transferida, por decreto de 31 de maio desse ano, para o Distrito de Tabajara, no Território Federal do Guaporé. Durante muitos anos, o município ficou à margem da movimentação do Estado de Mato Grosso, vivendo mais na dependência de Manaus (AM).
Antes de ser criado às margens do rio que lhe empresta o nome, junto às cachoeiras de Dardanelos e das Andorinhas, Aripuanã era uma grande região de Mato Grosso, compreendendo o que hoje são os municípios de Alta Floresta, Apiacás, Castanheiras, Cotriguaçu, Juína, Juruena, Nova Bandeirantes e Nova Monte Verde, entre outros.
A população estimada do município hoje, segundo o IBGE/2010, é de 18.498 mil habitantes. O extrativismo vegetal e a pecuária extensiva constituem as principais atividades econômicas de Aripuanã, município que possui uma das maiores concentrações de matéria viva por metro quadrado em toda a Amazônia. Distante 1.065 quilômetros de Cuiabá, a cidade registra atualmente um grande fluxo de turistas que vão à região em busca do turismo de aventura e ecológico.
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Por: Sandra Carvalho e Cleverson Veronese
Fotos: Cleverson Veronese / Top News