Sete meses após o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, as empresas se mostram hoje mais seguras e preparadas em relação aos impactos da instabilidade do comércio em seus negócios, segundo mostra uma pesquisa global do HSBC.
Conforme o levantamento, praticamente sete em cada dez empresas com atividades internacionais (67%) sentem-se mais seguras do que seis meses atrás sobre os efeitos das mudanças na política comercial. A pesquisa mostra também que 77% delas conseguem entender facilmente essas mudanças.
A avaliação é de que as empresas, agora com mais clareza sobre as novas regras do comércio, estão se adaptando ao cenário, mudando estratégias e diversificando destinos. As preocupações sobre o impacto financeiro diminuíram de forma acentuada, sendo que a parcela de empresas que temem perdas severas de receita recuou de 37%, no levantamento feito seis meses atrás, para 22%. Mais da metade espera que as receitas aumentem nos próximos seis meses e nos próximos dois anos.
Segundo o Global Trade Pulse, nome da pesquisa, a Europa e o Sudeste Asiático são apontados como os principais destinos para a expansão. Empresas do Sul da Ásia, por exemplo, estão priorizando a Europa – mais da metade (55%) espera crescimento dos negócios com a região. Ao mesmo tempo, parcela importante das empresas (22%) busca reduzir a dependência em relação a mercados na América do Norte.
Metade de todas as empresas (50%) planeja entrar em novos mercados, segundo a pesquisa, que mostra ainda uma confiança, manifestada por 88% dos entrevistados, no crescimento do comércio internacional nos próximos dois anos. Também é expressiva a parcela, de 75%, das empresas que reavalia ou já fez alterações nos locais onde as principais atividades de processamento e montagem ocorrem. Na avaliação dos pesquisadores do HSBC, este é um sinal claro de que o mapa da cadeia de fornecimento global continua mudando.
O relatório é produzido pelo HSBC com base nas respostas de 6.750 tomadores de decisão em empresas com operações internacionais.
As respostas foram coletadas de 6 a 21 de outubro em 17 mercados, incluindo Brasil, França, Alemanha, Índia, China, México e Estados Unidos.



