"The Machine" é baseada na ideia de que a memória RAM, tecnologias de armazenamento e de interconexão não darão conta dos atuais requisitos de processamento de Big Data modernos. A invenção da HP usa clusters de núcleos de propósito específico – em vez de alguns núcleos generalizados -, links fotônicos no lugar de lentos fios de cobre com fome de energia e memristors, que lhe darão uma memória unificada tão rápida quanto a RAM e ainda permitirão armazenar dados permanentemente, como uma unidade flash.
Nas palavras do HP Labs, a "máquina"(machine, em inglês) será um substituto completo para arquiteturas atuais do sistema do computador. Haverá um novo sistema operacional, um novo tipo de memória (memristors) e um barramento super-rápido (fotônicos).
O real motivo para a HP tentar criar uma nova arquitetura talvez seja o fato de que, atualmente, as salas de servidores são essencialmente sistemas de arquitetura x86 da Intel. Nesse cenário, mesmo a HP tendo sido no passado um grande player no mercado de estações de trabalho e servidores, com o seu próprio sistema operacional e arquitetura de hardware, atualmente ela, a Dell e a IBM são, essencialmente, apenas revendedores OEM dos servidores x86. Isso fez baixar as margens de lucro e, a longo prazo, pode comprometer o futuro da empresa.
The Machine e a iniciativa OpenPower da IBM são tentativas dessas empresas para sair de baixo do monopólio x86 da Intel. Se tudo correr como a HP espera, é possível que as tecnologias comercializadas pela novidade avancem para os desktops e laptops, e com o tempo ganhem seu espaço.
A HP começou a trabalhar no projeto há dois anos, quando Martin Fink se tornou CTO e diretor do HP Labs. Ele deu uma olhada nos componentes que a companhia estava trabalhando e, seis meses mais tarde, decidiu que era hora de lançar a novidade. A empresa afirmou que vai comercializar a máquina dentro de alguns anos ou "vai morrer tentando”.
Tech Tudo