Membros do Fohb (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil), que representa 25 redes e 523 hotéis, estão conversando sobre as mudanças com o governo, de acordo com o presidente da entidade, Roberto Rotter. "Vamos apresentar para o Ministério do Turismo e para a Casa Civil alternativas que podem ser viáveis para esses eventos."
O setor diz que criará mais de 50 mil postos e não há como preencher essas vagas atualmente. A qualificação dos profissionais brasileiros também está sendo discutida.
Segundo Rotter, o programa para atrair mão de obra estrangeira seria temporário. "Poderíamos usar a mão de obra de países Ibéricos, por exemplo, que é muito qualificada."
Ele diz que, a pedido do Ministério do Turismo, está buscando alternativas para "auxiliar a trazer essa gente". Entre os postos que seriam ocupados pelos estrangeiros, estão o de recepcionistas e de gerentes, chamadas "de medianas para cima".
TERCEIRIZAÇÃO
O setor também demanda mudanças nas regras para a contratação de terceirizados e pede a legalização de cooperativas do trabalho que atendam os hotéis durante os grandes eventos.
Os donos de hotéis querem autorização para terceirizar funções que são ligadas ao setor –atualmente só é possível terceirizar profissionais que não são ligados à atividade principal da empresa.
Outro pleito é a possibilidade de contratar por hora de trabalho. "Posso precisar de uma camareira em um único dia, em que tenho uma saída ou chegada grande". "Com isso, todos os trabalhos seriam legais, com os impostos recolhidos. Assim deixaria de ter subemprego".
As negociações, no entanto, "estão lentas", diz Rotter.
PREÇOS
O representante da Fifa, Enrique Byrom, afirmou que a entidade tem contrato com 848 hotéis, sendo que 602 já estão vendendo pacotes para os grandes eventos.
Os demais estão em processo de negociação por não terem "preços aceitáveis". Os 848 hotéis terão 60 mil quartos.
Fonte: FOLHA.COM