Pouco mais de 4 anos após a assinatura da ordem de serviço será inaugurada no dia 18 deste mês a 6ª e última etapa do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), o que significa que a unidade passa funcionar 100%. Paralelo a isso, o antigo Pronto-Socorro Municipal (PSMC) será esvaziado para que se inicie a obra do intitulado Hospital da Família (H-FAM), que está com a fase arquitetônica licitada. O prefeito Emanuel Pinheiro afirma que serviço de saúde oferecido na nova estrutura será de rede privada mas, para a população do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em 2 de julho de 2015, o então prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, assinou a ordem de serviço do até então chamado de “Novo Pronto-Socorro”. Orçada em R$ 76,9 milhões, a obra deveria ser concluída em 20 meses, o que seria março de 2017. No entanto, a execução durou 4 anos e 4 meses, e segundo o atual prefeito foi realizada com o que há de melhor em infraestrutura, terá os melhores equipamentos e corpo clínico. “É um marco na saúde pública da Capital. Uma obra como esta só veremos daqui 100 anos e olhe lá”, afirma Pinheiro.
O prefeito frisa que a obra faz parte do programa federal “Desafio Chave de Ouro”, que consiste em um conjunto de obras e ações abrangentes e emblemáticas que são objeto de um esforço extra da União para que sejam empreendidas, iniciadas, inauguradas ou disponibilizadas à população. O governo federal distribuiu R$ 1 bilhão entre 20 obras espalhadas por todo país, sendo a do HMC, uma das beneficiadas. “Tenho orgulho em afirmar que fomos os primeiros e até agora únicos a entregar uma obra do programa”.
Questionado sobre o custeio do HMC, o prefeito informou que se reuniu com o diretor geral da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECS), Alexandre Beloto, que é responsável pela gestão da unidade para discutir e comparar os valores do atual Pronto-Socorro e da nova unidade. “Gira em torno de R$ 12 milhões por mês e estamos tentando reduzir esse valor numa margem de 5% a 10%, sem prejudicar os atendimentos. Caso não seja possível, vamos manter esse valor para a administração do HMC”. O gestor acrescenta que com o passar do tempo e ampliação dos atendimentos novos recursos poderão ser destinados ao hospital pelo Ministério da Saúde.
Com a inauguração da 6ª e última etapa, o maior hospital do Estado contará com 315 leitos, distribuídos entre adulto masculino, feminino pediátrico (178), 60 UTIs, 38 de emergência, 20 do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), 13 de recuperação pós-anestésica e 6 salas de cirurgia.“É padrão de saúde privada para população do SUS. Aqui, paciente, acompanhante e funcionários já são tratados com o melhor padrão de qualidade de saúde”.
No HMC, atualmente são realizados 34 mil procedimentos por mês, ou quase 400 mil pessoas por ano. Esta é a estimativa mínima projetada para ser mantida em 2020. Transição Com relação à transferência dos pacientes em atendimento no PSMC, o gestor explica que esse movimento está acontecendo de forma gradativa, pois, há casos delicados que exigem cuidados redobrados. Afirmou que se houver paciente com risco de morte, este permanecerá em tratamento na antiga estrutura, até seu quadro clínico possibilitar a transferência. “Não vamos arriscar a vida de ninguém, pelo contrário, estamos justamente melhorando a estrutura da saúde de Cuiabá, priorizando o bem-estar da população”.