O Hospital Municipal de São José dos Campos (SP) abriu uma sindicância interna para investigar o aviso de uma morte por engano na unidade. O caso aconteceu neste domingo (22), quando parentes de uma idosa de 80 anos foram informados que a paciente havia morrido no hospital. A família, porém, constatou que a morte não havia ocorrido no momento do reconhecimento do corpo da vítima.
De acordo com o diretor do hospital Carlos Maganha, foi aberta uma sindicância administrativa para apurar o erro. "Serão chamadas todas as pessoas envolvidas no procedimento para prestar esclarecimentos e, a partir disso, vai ser possível identificar as falhas", explicou.
Para o diretor, a falha atinge todo o "fluxo" de profissionais envolvidos para elaborar o atestado de óbito. "Muito provavelmente [o erro] se iniciou com uma troca do nome da pessoa envolvida no óbito. Isso tem envolvimento de toda cadeia, como o médico, o enfermeiro e uma série de funcionários, que estão sendo chamados para que se investigue o caso", disse.
De acordo com a secretaria de Saúde e a administração do Hospital Municipal, após a investigação os culpados serão punidos pelo "inconveniente causado à família". Não há prazo para conclusão da sindicância. A pasta e o hospital informaram que estão prestando auxílio à família.
Caso
A informação da morte de Maria Aparecida Silva, de 80 anos, foi dada ao filho da paciente por volta das 4h deste domingo (22). Ela estava internada no Hospital Municipal há uma semana após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
O hospital forneceu um atestado de óbito, com o nome e os dados da paciente. O documento, assinado pelo médico Felipe Gonçalves, informava que a paciente morreu durante uma cirurgia para retirada de um tumor. Abalada com a notícia da morte, a família não percebeu que mulher sequer havia passado pelo procedimento cirúrgico.
Com a guia de sepultamento em mãos, a família pagou cerca de R$ 600 para o cemitério preparar a lápide e deu a notícia à parentes de Minas Gerais e de Goiás. Os filhos da idosa só descobriram que o hospital tinha cometido o erro quando foram até a funerária e constataram que o corpo era de outra pessoa. A família da paciente registrou um Boletim de Ocorrência contra o hospital.
Fonte: G1