A cidade de São Paulo teve alta de 21% nos homicídios e de 5,4% nos furtos em julho deste ano ante o mesmo mês de 2024, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 27, pela Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP). Ao mesmo tempo, houve queda nos casos de roubos, latrocínios (assaltos seguidos de morte) e estupros registrados na cidade.
O cenário destoa de quando se leva em conta um recorte mais amplo. Os dados apontam que o Estado de São Paulo teve redução em todos os indicadores citados, incluindo aqueles que apresentaram alta na capital paulista.
A secretaria afirmou, em nota, que está atenta ao aumento de furtos na capital. Disse ainda que a cidade de São Paulo encerrou os primeiros sete meses do ano com a segunda menor taxa de homicídios dolosos em 25 anos. “As variações desse indicador são acompanhadas de perto pela SSP por meio do programa SP Vida, que consolida dados estratégicos e subsidia políticas de enfrentamento a crimes violentos, como o reforço do policiamento em pontos de atenção.”
Detalhamento
Foram 46 vítimas de homicídio doloso em julho na cidade, ante 38 no mesmo mês de 2024, conforme os registros de boletim de ocorrência. Os relatos seguem tendência de alta apresentada na capital paulista no primeiro semestre, quando houve aumento de 15,5% nos homicídios.
Furtos também seguem tendência de alta. No primeiro semestre, subiram 3,8%. Em julho, esse aumento foi ainda mais expressivo – as ocorrências registradas saltaram 5,4%. Em números absolutos, os casos foram de 19.995 para 21.070 no mês passado, em dinâmicas envolvendo sobretudo gangues de moto e de bicicleta, apontam as investigações. Como mostrou levantamento recente feito com exclusividade pelo Estadão, neste ano, os casos de roubos e furtos de celular têm crescido especialmente em áreas próximas a estação de Metrô. A cidade registrou ainda 218 estupros, queda de 5,2%. Já os latrocínios caíram de 5 para 3.
O Estado de São Paulo, diferentemente da capital, registrou quedas em todos os cinco indicadores analisados: em furtos de 0,6% (46,3 mil casos em julho), em roubos de 12,8% (14 mil casos, em estupros de 3,2% (1,1 mil casos), em latrocínios de 15,8% (16) e em homicídios de 1,5% (200).
