A chacina da família foi planejada nos mínimos detalhes por Zé Capeta. Para não despertar suspeitas, ele organizou uma churrascada entre a família, na tarde de segunda-feira. E ligou um aparelho de som bem alto para que a vizinhança não ouvisse barulho no interior da residência. O que aconteceu, então, só o próprio Zé Capeta, que está sendo caçado por oito policiais militares e dois civis de Nova Brasilândia, Chapada dos Guimarães e Campo Verde, poderá esclarecer.
A Perícia Técnica de Cuiabá, que chegou a Nova Brasilândia na tarde de quinta-feira, trabalhou até por volta das 21h30 no levantamento de dados sobre a chacina, que só foi descoberta porque um vizinho, incomodado com o mau cheiro que exalava da casa, pulou o muro para ver o que estava acontecendo quando deparou com os três cadáveres sobre uma cama, parcialmente cobertos por um lençol. Os corpos já estavam em decomposição, comprovando, como atestou a Perícia Técnica, que todos foram mortos mesmo na segunda-feira, no dia do churrasco macabro promovido por Zé Capeta.
Apesar da falta de recursos materiais policiais de Campo Verde, Chapada dos Guimarães e Nova Brasilândia, cujo núcleo, subordinado a Companhia Independente de CG, é formado pelo sargento Prado e três soldados, estão mobilizados para a captura de Zé Capeta. Já foram montadas barreiras nas saídas da cidade para evitar sua fuga. E também já se cogita a montagem de cercos em áreas estratégicas na tentativa de capturar o principal suspeito da chacina que chocou a população.
Desde que foi divulgada a morte de Alaíde e de seus dois filhos, a população da pacata Nova Brasilândia entrou em pânico, aturdida com a violência do crime. Já se comentava hoje na cidade que os moradores de Nova Brasilândia podem organizar um movimento de protesto, inclusive para exigir das autoridades da Segurança Pública de Mato Grosso mais investimentos na Polícia para garantir a segurança da população do interior. A única viatura de Nova Brasilândia, por exemplo, está no conserto faz três meses.
Fonte: Juara net
