A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (10), um homem que sequestrou e manteve uma garota de programa em cárcere privado depois que a vítima se recusou a passar uma semana com ele. O suspeito foi autuado em flagrante por sequestro e cárcere privado para fins libidinosos. O caso foi registrado em Sorriso (420 km de Cuiabá).
Os investigadores tomaram conhecimento do caso depois de uma denúncia pelo celular da unidade informando que uma mulher, moradora de Rondonópolis, tinha sido raptada. Com as informações recebidas, uma equipe de investigação foi ao endereço fornecido e conseguiu resgatar a vítima, que foi encaminhada à delegacia.
No momento do resgate, o suspeito não estava na casa e foi preso depois, ao comparecer à delegacia.
A vítima contou que suspeito a teria sequestrado após contratar um programa. Ele perguntou quanto a vítima cobraria para ficar uma semana com ele, porém, a mulher respondeu que não fornecia esse tipo de serviço e explicou a maneira como trabalhava, o que tinha sido aceito inicialmente. O suspeito a levou para casa, mas não informou a garota de programa que morava em Sorriso.
Quando estava no carro com ele e pediu para carregar seu telefone e falar com a pessoa que fez o agendamento do programa, o suspeito lhe tomou o celular, dizendo que ela não se preocupasse.
No trajeto, a vítima foi ameaçada pelo suspeito, que disse fazer parte de uma seita espiritual e foi orientado a levar a mulher consigo até sua residência. Ao chegar à casa em Sorriso, a vítima viu duas espingardas em uma parede da casa.
Na tentativa de escapar, ela pediu para carregar o celular e conseguiu avisar duas amigas sobre o local onde estava. Ao ver que ela havia pedido ajuda, o suspeito tomou o celular e levou para outro cômodo.
Na quarta-feira pela manhã, o agressor devolveu o aparelho e pediu para que a vítima gravasse um vídeo relatando que estava bem, caso a polícia aparecesse, e que bloqueasse as amigas em seu telefone.
“As condutas narradas amoldam-se ao crime de sequestro, pois a vítima foi retirada de sua cidade, contra o seu consentimento, mantida na casa do suspeito, em uma cidade que ela não conhece e na casa havia armas, o que intimidou a jovem”, explicou a delegada Jéssica Assis, acrescentando que o suspeito cometeu o crime a fim de garantir que assim continuasse após a vítima se negar passar uma semana com ele.