Jorge Guaranho entrou na festa do petista sem ser convidado e atirou contra ele
julgamento do ex-agente penal Jorge Guaranho, acusado do assassinato do guarda municipal e militante do PT Marcelo Arruda em julho de 2022, teve início nesta quinta-feira (04) no Tribunal do Júri de Foz do Iguaçu, no Paraná.
Após aguardar desde dezembro de 2022, quando a denúncia do Ministério Público Estadual foi aceita pela Justiça, Guaranho se tornou réu pelo crime. Os promotores sustentam que o homicídio teve motivação política, uma alegação contestada pela defesa do acusado.
Os desdobramentos do caso continuaram a se desenrolar ao longo de 2024. Em fevereiro, a Advocacia-Geral da União (AGU) alcançou um acordo para indenizar a companheira e os quatro filhos de Arruda com o valor de R$ 1,7 milhão.
Em março, o Ministério da Justiça, sob a gestão de Ricardo Lewandowski, concluiu uma sindicância disciplinar aberta à época do crime para investigar a conduta de Guaranho, que atuava como agente penal federal. A sindicância resultou em sua demissão do serviço público.
Marcelo Arruda, que era tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, celebrava seu aniversário de 50 anos em 9 de julho de 2022, na sede de um clube associativo.
A festa estava ornamentada com símbolos do partido. Sem convite, Guaranho, simpatizante do então presidente Jair Bolsonaro, chegou ao local em um carro branco, acompanhado de uma mulher com uma criança no colo. Ao sair do veículo, ele proclamou aos presentes: “Aqui é Bolsonaro”.
Adentrando o salão portando uma pistola Taurus calibre 40, Guaranho iniciou uma discussão de cunho político com Arruda. Após um desentendimento entre os dois, o agente penitenciário deixou o local, retornando 20 minutos depois para efetuar os disparos fatais que vitimaram o guarda municipal.