Por Lucas Bellinello
O pedido de prisão preventiva foi feito pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Mato Grosso
Marcelo Ochoa de Freitas, de 46 anos, acusado de feminicídio na última segunda-feira (15), teve sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva pelo juiz Fabio Fetengill, da 2ª Câmara Criminal de Lucas do Rio Verde, localizada a 360 km de Cuiabá. A decisão foi proferida nesta terça-feira (16).
Na sentença, o juiz ressalta a brutalidade do crime e observa que o suspeito persiste em tentar justificar o feminicídio. “O agressor sequer demonstra arrependimento e tenta justificar o injustificável, atribuindo a culpa do ocorrido à própria vítima”, destaca em um trecho.
O pedido de prisão preventiva foi apresentado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Mato Grosso. A defesa, conduzida pela Defensoria Pública, pleiteou a liberdade provisória com a imposição de medidas cautelares, porém, tal requerimento foi rejeitado pelo juiz.
“Diante dos requisitos que autorizam a prisão preventiva, CONVERTO a prisão em flagrante do indiciado MARCELO OCHOA DE FREITAS, qualificado nos autos, em prisão preventiva”, concluiu o magistrado.
Antecedentes do suspeito em casos de violência contra a vítima já eram conhecidos. De acordo com a delegada Ana Terra, da Polícia Civil, o suspeito já tinha registros em outros dois boletins de ocorrência registrados por Francisca, a vítima, sendo um em março de 2022 e outro em dezembro de 2023.
Apesar desses antecedentes, a vítima não teria prosseguido com as denúncias e não solicitou uma medida protetiva. Na delegacia, o suspeito tentou justificar o crime, alegando ter sido traído.