Preso pela morte de Sônia Maria de Passos, de 49 anos, Ricardo Ferreira Vidotto Azevedo, de 30, confessou à polícia ter matado a mulher para roubá-la, em Goiânia. Segundo o delegado responsável pela investigação, Francisco Lipari, a vítima era “mãe de criação” do detido.
O crime ocorreu em fevereiro deste ano. A vítima foi encontrada no banheiro da casa em que morava, na Vila Redenção, com um corte profundo no pescoço.
Ricardo foi detido em um assentamento de sem terras, em Jaciara (144 km de Cuiabá-MT), no último dia 24. Na gravação o preso conta que já havia tentado cometer o crime outras duas vezes, mas não teve coragem. Na versão dele, sua esposa o incentivava a cometer o crime, mas a Polícia Civil acredita que ela não teve envolvimento.
“Dessa vez eu entrei, a gente conversou. Tirei coragem para não decepcionar a Alessandra [esposa], para não voltar, porque era a última opção. A gente precisava de dinheiro. Aí eu a ataquei. Ela me perguntou porque eu estava fazendo aquilo e eu falei para ela: ‘Porque a senhora e o tio querem matar eu e a Alessandra’. Ela falou: ‘Não é você’. Mas depois que eu comecei, eu não podia voltar atrás”, contou.
Ainda na confissão, o homem conta que, primeiro, golpeou a vítima com uma tesoura atingindo-a na costela, depois a estrangulou e, por fim, cortou o pescoço dela. Após matar a mulher, ele pegou os itens da casa.
“Eu arrastei [o corpo dela] para o banheiro, porque eu não aguentava ficar olhando para ela ali. […] Naquele momento, eu matei uma pessoa que eu gostava e matei a mim mesmo, entende? Aí eu terminei de fazer o resto das coisas que eu precisava por dinheiro. Fui onde eles guardavam dinheiro, mas não tinha. Peguei as correntes de ouro, o que tinha de ouro eu peguei. Peguei a televisão, um som que tinha lá, coloquei no carro, fechei as portas”, afirmou.
O preso argumentou que o marido da vítima acreditava que ele e a esposa o haviam denunciado à polícia, o que o levou a ser preso por tráfico de drogas e que, por isso, desejava matá-los. No entanto, a Polícia Civil não crê nesta versão.
“Ele foi criado pela vitima e pelo marido dela. Era quase como um filho para eles. Não são parentes, mas trouxeram ele de Pedra Preta (243 km da Capital) e cuidaram dele. Até que ele começou a usar drogas, resolveu roubar a vitima e acabou a matando”, disse ao G1.
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