Yishai Schlissel, judeu ultraortodoxo, havia sido libertado três semanas atrás. As vítimas de 2005 também foram esfaqueadas.
Testemunhas disseram ao jornal Haaretz que o agressor surgiu atrás de participantes da parada e começou a atacá-los enquanto gritava, até que foi contido por um policial.
Imagens mostram Schlissel tirando a faca de seu casaco e apontando-a para cima antes de esfaquear um grupo de jovens.
Yishai Avior, participante do evento, afirmou a uma rede de TV local que ouviu gritos e viu três pessoas no chão, sangrando. "Todos começaram a correr para se proteger", disse. "Em pânico e em choque."
A parada continuou após os feridos serem levados ao hospital, sob protestos pedindo o fim da violência.
Segundo o serviço de ambulância de Jerusalém, duas das vítimas estão gravemente feridas.
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, condenou os ataques, que definiu como um "incidente grave".
"No Estado de Israel, a liberdade de escolha é um dos valores básicos. Nós devemos assegurar que todo homem e toda mulher vivam em segurança, independentemente do caminho que escolham. É como nós atuamos no passado e como vamos continuar atuando. Aos feridos, desejo que se recuperem rápido", afirmou.
Segundo o presidente Reuven Rivlin, o ataque foi um "terrível crime de ódio". "Não podemos permitir tais crimes e devemos condenar quem os comete e quem os apoia."
A Parada Gay de Jerusalém é, há anos, motivo de tensão entre a maioria secular e as comunidades de judeus ortodoxos.
Apesar da hostilidade dos ultraortodoxos, Israel é considerado um Estado avançado em relação aos direitos dos gays. O país revogou a proibição de relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo em 1988.
Fonte: BBC BRASIL