O autor de um homicídio foi preso pela Polícia Judiciária Civil, na quarta-feira (18.05), no município de Barra do Bugres, após investigações do desaparecimento de uma mulher no município. O trabalho investigativo contou com apoio do Núcleo de Inteligência (NI), da Delegacia Regional de Tangará da Serra.
O suspeito, Cícero Manoel dos Santos, 45, foi preso no local de trabalho, no bairro Maracanã, após ter o mandado de prisão temporária cumprido pela equipe de policiais civis da Delegacia de Polícia de Barra do Bugres, pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
As investigações iniciaram na noite do dia 21 de janeiro de 2011, após o desaparecimento da jovem Valdira da Silva, 26 anos na época dos fatos, que saiu de casa dizendo que iria até a residência de uma amiga. A jovem não chegou ao local informado, não retornou mais para casa, e desde então nunca mais foi vista e nem deu notícias.
Nas diligências para apurar o desaparecimento de Valdira, a Polícia Civil ouviu várias pessoas, e realizou diversas buscas na tentativa de localizar a jovem. Durante investigação, foi identificado que a procurada possuía um relacionamento amoroso com Cícero, e os indícios apontavam que ele era a última pessoa que teve contato com ela.
Com base nas provas, o delegado de polícia de Barra do Bugres, João Paulo Praisner, representou pelo pedido de prisão temporária de Cícero, decretado pela Justiça com parecer favorável do Ministério Público. Depois de ser localizado e preso, Cícero foi conduzido à Delegacia de Polícia e no decorrer do interrogatório, contou que tinha um relacionamento com a jovem e acabou confessando o crime.
Ele falou que os dois discutiam e se desentendiam frequentemente, e naquela noite recebeu um telefonema dela dizendo que queria conversar. No depoimento, o acusado contou que emprestou o automóvel do seu irmão e se encontrou com Valdira. Em seguida os dois foram para uma região próxima ao Rio Paraguai, onde começaram a discutir e em determinado momento, ele segurou a vítima pelo ombro e com violência a empurrou.
Ao cair, a jovem bateu a cabeça no meio-fio e desmaiou. Segundo o autor, ele colocou Valdira no veículo, mas quando percebeu que ela estava morta a levou até a margem do Rio Paraguai, e a jogou na água. Na ocasião por ser época de chuva, o rio estava cheio e o corpo de Valdira nunca foi localizado.
Após o interrogatório e esclarecimento dos fatos, Cícero foi levado para Cadeia Pública local, à disposição da justiça.