Um homem identificado pelas iniciais G.J. 43, teve um mandado de prisão cumprido no final de semana, em um distrito de Cáceres (225 km de Cuiabá-MT) pelo crime de estupro de vulnerável praticado contra duas enteadas com idades de 12 e 14 anos e também contra uma prima de 11 anos.
A Delegacia da Defesa da Mulher foi até o Distrito de Horizonte D’Oeste para realizar a prisão do acusado. Chegando ao local, a equipe comandada pela delegada Judá Maali Marcondes, foi informada pelo irmão do suspeito, que o acusado não estaria no local, e sim trabalhando em um assentamento da região.
A polícia imediatamente se deslocou até o referido local e encontrou G.J., que teve o mandado cumprido, em seguida o acusado foi encaminhado a delegacia da mulher onde prestou esclarecimento e inicialmente negou as acusações e relatou que as possíveis vítimas é quem se insinuava para ele, e que o mesmo resistia as investidas das menores.
A delegada Judá, em conversa com a imprensa, explicou que a riqueza de detalhes dos acontecimentos relatados pelas vítimas levam a crer que o acusado mentiu em seu depoimento negando os crimes.
Judá conta que em depoimento as vítimas informaram que recebiam a quantia que variava de R$ 2,00 a R$ 10,00 sempre que o acusado praticava os abusos contra elas, e que a mãe das meninas teria relatado que seria mentira das filhas e sobrinha, porém disse que era o acusado quem pagava as contas e colocava comida em casa, levando a delegada a entender, que o motivo da mãe não denunciar o companheiro, seria receio de perder as condições que o suspeito garantia a sua família.
Os abusos
De acordo com a delegada que investiga o caso, os abusos aconteceram em dezembro de 2017, quando o Conselho Tutelar do município recebeu a denúncia e chegando ao local, as três menores relataram os abusos.
Para a Polícia Militar, a mulher disse que não teria conhecimento dos abusos e só ficou sabendo com a chegada da polícia. O homem foi algemado e encaminhado a delegacia na época, mas foi liberado após prestar depoimento.
A delegada explicou que em 2017 o suspeito foi liberado, pois inicialmente era uma denúncia de estupro de vulnerável e como houve negativa do acusado, e a prisão não foi em flagrante, G.J, foi solto, mas no decorrer das investigações foi apurada a culpabilidade do homem.
Com as provas e investigações a juíza Helícia Vitti Lourenço, da comarca de Cáceres expediu o mandado de prisão que foi cumprido.