Fotos Willian Matos
Um homem com problemas de visão caiu num buraco de cerca de 10 metros localizado na Alameda Júlio Müller, que dá acesso às pontes Sérgio Motta e ponte Júlio Müller, em Várzea Grande, às margens do Rio Cuiabá. O acidente por pouco não terminou em tragédia.
Há cerca de uma semana, o senhor Miguel Carlos Silva, de 43 anos, almoçava em um restaurante que fica em frente ao local. Ele contou ao Circuito Mato Grosso, nesta quinta-feira (26), que viu rapidamente a queda e, a princípio, pensou que o rapaz teria pulado no rio. “Eu vi o rapaz cair de uma vez lá dentro, só que eu pensei que ele tinha pulado”, disse.
Ele afirma que no mesmo momento correu para ver o que estava acontecendo e verificou que se tratava de uma pessoa com a visão reduzida. “Na hora eu o mandei ficar quieto pra não cair no rio e fui correndo buscar uma escada no meu estacionamento. Conseguimos tirar ele depois de uns 15 minutos, ele estava com os braços todo machucado”, lembrou Miguel.
O deslizamento de terra no local é um problema antigo, mas de acordo com alguns moradores do bairro Alameda, vem aumentando desde as últimas três enchentes. A erosão tomou conta da ciclovia e começa a invadir a pista, onde transita desde carros de passeio, ônibus e caminhões carregados.
O buraco já é considerado o maior de Várzea Grande pelos moradores da região e a cada dia que passa avança mais sobre a pista. De acordo com Miguel, a população já reclamou para o presidente do bairro, vereadores, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), para a Prefeitura de Várzea Grande, mas ninguém resolveu ainda. “Só a Energisa que identificou o problema e já deram um jeito de retirar um poste que estava prestes a cair”, declarou Miguel.
Outro lado
O secretário de Comunicação da Prefeitura de Várzea Grande, Marcos Lopes, informou ao Circuito Mato Grosso que já foi colocada uma proteção para alertar a população do risco e que a Prefeitura já estuda um fazer uma intervenção no local. O município também teria a intenção de urbanizar o local.
Ainda de acordo com o secretário, deverá ser firmado um acordo entre a Prefeitura e a Sema para recuperar o local. Segundo o secretário, a obra poderá ser apenas uma, de recuperação e urbanização. “Vai ter que fazer projeto, orçar e ver quanto o Estado vai poder ajudar e em quanto o município poderá entrar, mas é complicado ali, não vai ser uma obra barata”, disse Marcos Lopes.
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