Acompanhado de dois policiais, ele desceu algemado do avião e entrou em um ônibus da Infraero, no qual seguiu até um carro da polícia. A Sejudh informou que, depois da realização do exame, a PF deverá conduzi-lo à Polícia Interestadual (Polinter), anexo à Penitenciária Central do Estado (PCE), onde Henry deve cumprir pena em regime semiaberto. Ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a sete anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Desde o dia 13 deste mês, ele estava detido na Penitenciária da Papuda, em Brasília.
A defesa do ex-deputado federal, no entanto, pediu a transferência dele para Mato Grosso, onde mora da família dele, e a Justiça concedeu. Ele deve dividir a cela com outros três presos, todos réus condenados em ações cíveis e que possuem nível superior. Médico legista e clínico geral, Henry deve trabalhar durante o período em que estiver preso, já que, com isso, poderá reduzir a pena. A cada três dias trabalhados, a remissão é de um dia.
No entanto, ele não poderá deixar a prisão aos sábados, domingos e feriados. Nos dias de semana, terá horários específicos para deixar o presídio, podendo sair depois das 6h e retornar até as 19h. Henry poderá receber visitas às quartas-feiras e aos domingos, das 8h30 às 16h.
Após ter a prisão decretada pelo STF, Henry renunciou ao mandato de deputado federal. Na carta de renúncia, ele declarou que nos últimos oito anos, após o escândalo do mensalão vir à tona, foi absolvido pelo Conselho de Ética e pelo plenário da Câmara dos Deputados. "Também fui absolvido pela sociedade mato-grossense que me reelegeu, através do voto popular, nas eleições de 2006 e 2010, me conferindo o quarto e quinto mandatos consecutivos, respectivamente", diz trecho do documento.
Henry é acusado de ter recebido dinheiro em troca de apoio político no Congresso ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na Câmara, ele foi substituído pelo pecuarista Roberto Dorner (PSD-MT), que assumiu a vaga no último dia 17.
G1