Cidades

Henrique diz ter encerrado a greve de cabeça erguida e com certeza da isenção

 
O saldo da paralisação de 66 dias foi a garantia da política de dobrar o poder de compra dos profissionais em um prazo de 10 anos, o compromisso do Governo do Estado em retomar o pagamento da hora-atividade para os servidores contratados – suspenso no final da década de 80 – e, por fim, a contratação, a partir do próximo ano, daqueles aprovados no último concurso público realizado pelo Estado. 
 
O sindicalista credita essas conquistas ao fato de a categoria ter entrado no movimento com uma postura mais madura e tranquila que antigamente. Ainda segundo ele, outro fator primordial para a adesão maciça ao movimento foi que os grevistas estavam atentos aos seus direitos. “Tivemos o movimento mais longo da história e com conquistas positivas, porque a categoria não se rendeu à pressão do governo que fez ameaças de todos os lados, com multas, ameaças de corte de ponto e até exoneração de grevistas. Hoje em dia os trabalhadores têm mais consciência de seus direitos e não deixaram ser coagidos pelo governo”, afirma Lopes. 
 
O presidente ressalta, ainda, que o fato de o Estado vir se negando a negociar com trabalhadores grevistas, tal qual ocorreu com outras categorias, acirrou o ânimo dos profissionais da Educação. “A categoria se manteve firme e mostrou que a educação merece respeito. Entramos no movimento sem nada e alcançamos conquistas inéditas no país”, argumentou o sindicalista referindo-se à garantia de se dobrar o poder aquisitivo dos trabalhadores.
 
Para Lopes, a tentativa do governo de se vangloriar ao insinuar que a greve era desnecessária, já que Mato Grosso tem hoje o terceiro melhor piso salarial da categoria no país, foi o ‘fim da picada’. “Ele foi muito infeliz ao tentar nivelar as questões desta forma. Um piso salarial que está pouco mais de R$ 1 acima da média nacional, isso lá é comparação que se faça?”, questionou o presidente. Ele observou, ainda, que enquanto Mato Grosso cresce bem acima da média nacional, a educação não é valorizada no mesmo nível. 
 
Em que pesem as conquistas alcançadas pelos profissionais ao final deste movimento grevista, o presidente do Sintep lamentou a falta de estrutura em muitas escolas de Mato Grosso. “A precariedade encontrada nas instituições não é responsabilidade apenas deste governo. É fruto de um processo histórico, em que aqueles que passam pelo Palácio Paiaguás ficam comprometidos com o agronegócio e outros setores, em detrimento da Educação do Estado”, afirmou.
 

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Cidades

Fifa confirma e Valcke não vem ao Brasil no dia 12

 Na visita, Valcke iria a três estádios da Copa: Arena Pernambuco, na segunda-feira, Estádio Nacional Mané Garrincha, na terça, e
Cidades

Brasileiros usam 15 bi de sacolas plásticas por ano

Dar uma destinação adequada a essas sacolas e incentivar o uso das chamadas ecobags tem sido prioridade em muitos países.