Cidades

Hcan diz que prefeitura não quitou dívida e mantém suspensão de atendimentos

O Hospital de Câncer de Cuiabá anunciou que continuará com a suspensão de atendimentos devido ao atraso, de dois meses, no recebe de verba pela Secretaria Municipal de Saúde. Nota divulgada na manhã desta quarta-feira (16) pelo hospital diz que foi solicitada nota de pagamento somente para o mês de setembro, que ainda não foi pago. A dívida referente a setembro e outubro está em torno de R$ 5,5 milhões. Os atendimentos foram interrompidos pelo Hcan no dia 7 deste mês sob a orientação do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

“A SMS deve pagar ao Hcan as competências de setembro e outubro de 2016. Mas foi solicitada apenas para setembro, que até o momento não foi concluído. Com isso, seguindo determinação do TCE, não iremos voltar nossas atividades até que o pagamento seja realizado na totalidade, incluindo outubro de 2016”, diz a nota.

O hospital ressaltou que a paralisação é por tempo indeterminando, dependendo a liberação de dinheiro pela Prefeitura de Cuiabá.

Quatro hospitais filantrópicos de Cuiabá (Santa Helena, Santa Casa, Hospital de Câncer e Hospital Geral Universitário) e a Santa Casa de Rondonópolis divulgaram na semana passada um pedido de socorro pela segunda vez neste ano. As instituições acusam as prefeituras de não repassarem R$ 14 milhões do Fundo Nacional de Saúde dos meses de agosto e setembro. Foram suspensos os atendimentos no ambulatório, internações para cirurgias eletivas e leitos de retaguarda, além das UTIs.

O SUS repassa aos hospitais cerca de 60% do custo do paciente, os outros 40% devem ser arcados pelos hospitais que não possuem esta capacidade. Sendo assim, foi proposto que o governo arcasse com esses 40%, que segundo os diretores, sanaria as dividias e possibilitaria a estabilidade financeira que tanto necessitam. Segundo os hospitais, a Secretaria Estadual de Saúde está devendo R$ 7 milhões de repasses atrasados para Cuiabá. Além disso, precisa formalizar (por meio de calendário), a finalização do custeio mensal dos R$ 3,6 mi dos déficits mensais.

As instituições acusam o governador Pedro Taques de não “honrar as responsabilidades” assumidas em reuniões. O pagamento foi suspenso em março deste ano, sem explicação e até o momento ninguém se dispostos a explicar os motivos, segundo os diretores. 

Em Cuiabá, os atrasos acarretou o afastamento do secretário Ary Soares de Souza (Saúde) de seu cargo pelo TCE até que sejam efetuados dois repasses em atraso referentes a setembro e outubro no valor de R$ 5.455.085,00 ao Hospital do Câncer.  

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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