A universitária explica, no entanto, que seu desligamento da UFMT foi feito sem qualquer tipo de comunicado por parte da Universidade. Ela só descobriu o fato, no final do semestre 2012/2, quando tentou pegar um documento na instituição. Desde então, ela tenta reverter à situação e até hoje se encontra proibida de assistir as aulas.
Danise está há cinco anos no Brasil, desde que conseguiu participar do Programa de Estudantes-Convênios de Graduação (Pec-G). Antes de ingressar na UFMT, a universitária ficou um tempo em Curitiba, para estudar a língua brasileira e lá conheceu um rapaz e engravidou.
A aluna começou o curso de nutrição em Mato Grosso já grávida. Ainda assim, durante o período de gestação ela obteve bons resultados acadêmicos. Contudo, ela passou a ter dificuldades após o nascimento do seu filho que sofre com problemas sérios de saúde. Sozinha e fora de seu país de origem, os estudos acabaram ficando comprometidos.
Como as faltas eram muitas e injustificadas a universidade entrou com a exclusão da aluna do curso de nutrição. A aluna confirmou que não apresentou nenhum documento à instituição para justificar suas faltas.
Ela resolveu acionar o Diretório Central dos Estudantes (DCE) para ela que conseguisse uma chance de ser ouvida e comprovar que suas faltas eram pelo motivo de ela estar socorrendo seu filho.
O DCE então conseguiu que a aluna fosse incluída no curso novamente. Ainda assim, ao comparecer a sala de aula ela foi informada de que não pode participar das aulas e que não adiantaria estar ali apenas como ouvinte.
A aluna que está no último ano do curso, vive agora um impasse e tenta juntar documentos para que seja ouvida pelo Conselho de Ensino de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da UFMT.
Outro Lado
A reportagem entrou em contato a professora Tereza Cristina do curso de Nutrição. Ela alegou que a estudante não está assistindo aulas porque não está matriculada. A professora revelou ainda, que a estudante não cumpriu com as regras instituídas pelo Pec-G.
Tereza ainda diz que enquanto estava matriculada regularmente, Danise “não entregava trabalhos, além de faltar e não obter média”. Ainda de acordo com a professora, durante o período de gravidez e a licença-maternidade, a estudante recebeu apoio e auxílio da coordenação e a Pró Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae).