Cidades

Haitiana acusa UFMT de proibi-la de assistir aulas

 
A universitária explica, no entanto, que seu desligamento da UFMT foi feito sem qualquer tipo de comunicado por parte da Universidade. Ela só descobriu o fato, no final do semestre 2012/2, quando tentou pegar um documento na instituição. Desde então, ela tenta reverter à situação e até hoje se encontra proibida de assistir as aulas. 
 
Danise está há cinco anos no Brasil, desde que conseguiu participar do Programa de Estudantes-Convênios de Graduação (Pec-G). Antes de ingressar na UFMT, a universitária ficou um tempo em Curitiba, para estudar a língua brasileira e lá conheceu um rapaz e engravidou. 
 
A aluna começou o curso de nutrição em Mato Grosso já grávida. Ainda assim, durante o período de gestação ela obteve bons resultados acadêmicos. Contudo, ela passou a ter dificuldades após o nascimento do seu filho que sofre com problemas sérios de saúde. Sozinha e fora de seu país de origem, os estudos acabaram ficando comprometidos. 
 
A haitiana e estudante Danise Civil, 28 anos, acusa a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) de estar proibindo-a de assistir as aulas do curso de Nutrição. A aluna explica que após uma série de reprovações e faltas não justificadas ela acabou sendo excluída da instituição. Como as faltas eram muitas e injustificadas a universidade entrou com a exclusão da aluna do curso de nutrição. A aluna confirmou que não apresentou nenhum documento à instituição para justificar suas faltas. 
 
Ela resolveu acionar o Diretório Central dos Estudantes (DCE) para ela que conseguisse uma chance de ser ouvida e comprovar que suas faltas eram pelo motivo de ela estar socorrendo seu filho. 
 
O DCE então conseguiu que a aluna fosse incluída no curso novamente. Ainda assim, ao comparecer a sala de aula ela foi informada de que não pode participar das aulas e que não adiantaria estar ali apenas como ouvinte. 
 
A aluna que está no último ano do curso, vive agora um impasse e tenta juntar documentos para que seja ouvida pelo Conselho de Ensino de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da UFMT. 
 
Outro Lado
 
A reportagem entrou em contato a professora Tereza Cristina do curso de Nutrição. Ela alegou que a estudante não está assistindo aulas porque não está matriculada. A professora revelou ainda, que a estudante não cumpriu com as regras instituídas pelo Pec-G. 
 
Tereza ainda diz que enquanto estava matriculada regularmente, Danise “não entregava trabalhos, além de faltar e não obter média”. Ainda de acordo com a professora, durante o período de gravidez e a licença-maternidade, a estudante recebeu apoio e auxílio da coordenação e a Pró Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae). 
 
 
 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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