Mix diário

Haddad: é impossível que Congresso aprove reforma da renda sem compensação porque houve acordo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira que é “impossível” que o Congresso aprove a proposta que isenta de Imposto de Renda (IR) quem ganha até R$ 5 mil sem estabelecer as compensações das perdas que seriam geradas. Segundo Haddad, os acordos firmados dão conta da necessidade de compensação.

“Aqui não tem risco, tem um acordo, e eu penso que até pela tradição – e aqui eu faço um elogio – todos os acordos que eu fiz na Câmara e no Senado foram honrados”, disse Haddad, em uma entrevista à BandNews FM e à BandNews TV.

Ele afirmou que a medida tem grande apoio popular, com mais de 80% de aprovação, segundo ele.

E acrescentou que a ideia é cobrar impostos de quem hoje não paga – os chamados “super-ricos”.

“Tem 141 mil brasileiros que não pagam nem 10% de imposto de renda, e nós estamos criando um imposto mínimo para esses 141 mil brasileiros”, disse Haddad. “Com isso, esses ‘super-ricos’ que ganham mais de R$ 1 milhão por ano, vão pagar a mesma contribuição que você paga, que eu pago, que uma professora paga, que um policial militar paga, que uma enfermeira paga.”

Ele acrescentou, ainda, que isenções foram mantidas – como, por exemplo, para a poupança – e classificou como “assustadora” a possível judicialização contra a reforma por parte de quem ganha mais de R$ 1 milhão por ano e não paga o IR.

Estadão Conteudo

About Author

Deixar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Você também pode se interessar

Mix diário

Brasil defende reforma da OMC e apoia sistema multilateral justo e eficaz, diz Alckmin

O Brasil voltou a defender a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) em um fórum internacional. Desta vez, o
Mix diário

Inflação global continua a cair, mas ainda precisa atingir meta, diz diretora-gerente do FMI

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva disse que a inflação global continua a cair, mas que deve