O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira, 27, que é preciso aprovar o projeto contra devedores contumazes na Câmara para continuar o trabalho da Pasta contra o crime organizado. Em falou a jornalistas sobre a nova operação da Receita Federal e autoridades de segurança contra esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas envolvendo combustíveis, ele afirmou que levará aos Estados Unidos a informação de que há fundos de lá sendo usados para o crime e que há armas norte-americanas vindo para o Brasil.
“Nós vamos, em primeiro lugar, fazer chegar a informação de como os fundos lá nos Estados Unidos estão sendo utilizados para lavagem de dinheiro e simulação de investimentos estrangeiros no Brasil. É disso que se trata, uma simulação de investimentos estrangeiros”, declarou Haddad.
Segundo ele, a ideia é fazer com a segurança pública o mesmo que foi feito com a Reforma Tributária. Porque, sem asfixiar financeiramente crime, há reposição de mão de obra barata na base.
Ele disse ainda que fala sempre que pode com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a importância de se votar o projeto do devedor contumaz.
“Então é fundamental para nós prosperarmos com esse projeto. Então, se conseguimos sancioná-lo este ano, vamos entrar no ano que vem ainda mais fortes em relação a esse tema”, disse o ministro.
Haddad também citou lei Antifacção e Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da segurança pública como prioridades do governo no Congresso no âmbito da segurança.
A operação, batizada de Poço Lobato, teve cumprimento de mandatos em 5 estados. São 126 mandatos de busca e apreensão, sendo que a movimentação do grupo econômico no último ano é de R$ 70 bilhões.
“São pessoas que devem uma fortuna para os fiscos de todo o país. Estamos falando em R$ 26 bilhões não recolhidos” afirmou o ministro.
Ele declarou ainda que a Petrobras está ajudando o governo a sanear o setor de combustíveis do crime organizado. E que já foi feita a apreensão de 250 milhões de litros de combustível, já depositados na estatal. “Esse grupo econômico deixou de pagar aos cofres estaduais do Rio de Janeiro é suficiente para custear um ano a polícia, toda a polícia”, completou.



