O jornal teve acesso a documentos judiciais que, embora não comprovem que o FBI tenha ordenado os ataques, sugerem que o órgão usou hackers para reunir informações de inteligência no exterior. Monsegur é um dos membros dissidentes do Anonymous que faziam parte do Antisec. Pelo menos desde 2012 ele trabalha com o FBI para identificar membros de sua primeira equipe, segundo o NYT.
Em agosto de 2011, um promotor federal afirmou em audiência secreta que ele estava "cooperando com o governo de maneira proativa" para fornecer informações que ajudassem a identificar outros hackers, considerados "alvos de interesses nacionais e internacionais". "Durante esse período, o réu foi monitorado de perto pelo governo", disse. "Nós instalamos um software em um computador para monitorar as atividades dele online. Também realizamos um monitoramento por vídeo na residência do réu."
Jeremy Hammond, que está preso em partes por conta de um trabalho realizado com Monsegur, era contatado pelo colega para explorar falhas de segurança em sites governamentais estrangeiros. Ele não diz quais, mas um documento vazado revela que mais de 2 mil domínios foram explorados.
Sites dos governos do Brasil, Irã, Nigéria, Paquistão e Turquia, além de endereços como os da Embaixada da Polônia na Grã-Bretanha e do Ministério da Energia do Iraque foram alvos indicados por Monsegur a Hammond. Um hacker brasileiro identificado como Havittaja publicou posts demonstrando que Monsegur o convidara a atacar sites do governo da qui, ajudando a comprovar a veracidade das ações.
Olhar Digital