Uma associação criminosa que aliciava indígenas para obterem benefícios sociais é alvo de Operação “Sawi di”, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), deflagrada nesta quinta-feira (5), em Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá. Seis mandados de busca e apreensão são cumpridos.
A ação é feita por uma força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo.
A ação se desenvolveu a partir do Procedimento Investigatório Criminal que apura a atuação de uma associação criminosa que supostamente tem praticado crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, apropriação indébita, crimes contra a economia popular, furto mediante fraude e outras infrações penais.
Segundo o que foi apurado nas investigações, que duraram cerca de um ano, uma associação criminosa “aliciava” indígenas para obterem benefícios sociais. Nas solicitações dos benefícios que eram realizadas por canais virtuais era comum os investigados se passarem por indígenas.
Após a obtenção dos benefícios ou mesmo utilizando indígenas que já tinham benefícios, os investigados realizavam empréstimos bancários e se apropriavam parte do valor, não repassando aos indígenas. Inclusive por muitas vezes retiam os cartões bancários dos indígenas como forma de garantirem a vantagem financeira indevida.
As equipes do Gaeco estão cumprindo seis medidas cautelares de busca e apreensão nas cidades de Barra do Garças e em Aragarças em Goiás. A operação é realizada em parceria com a 1ª Promotoria Criminal de Barra do Garças.
Significado do nome
“Sawi Di”, que é o nome da operação é um termo utilizado pelos indígenas que, em uma tradução adaptada, significa amigo. No caso, materializado pelo Ministério Público de Mato Grosso, que atua na defesa dos interesses de todos, sendo uma instituição amiga da sociedade.