O Projeto Cérebro Humano (Human Brain Project) é capitaneado por Henry Markram, do Instituto Federal de Tecnologia Suíço em Lausanne, e conta com cerca de 200 participantes de 80 países.
Ele promete que, com os resultados, chegará a um entendimento melhor de como nossa cabeça funciona, a ponto de guiar tratamentos para doenças como epilepsia e mal de Alzheimer.
Escolhida como um dos dois projetos-mestres em ciência para a próxima década pelo Parlamento Europeu –o outro envolve o estudo do grafeno, nanotecnologia que pode revolucionar a computação–, a iniciativa não carece de ambição ou de críticos.
DETALHES
Markram já tocava um esforço menor em Lausanne, chamado Blue Brain Project, concentrado na reconstrução gradual de uma parte de um cérebro de rato. A abordagem adotada é começar de baixo, ou seja, pelas minúcias de funcionamento de um simples neurônio.
Os neurônios são as células nervosas mais importantes do cérebro e se interconectam por meio das sinapses. Todos os processos em nossa cabeça envolvem o disparo de sinais elétricos pelos neurônios que, por sua vez, parecem ser determinados pelos chamados canais de íons nas sinapses.
Em 2005, Markran e seus colegas desenvolveram um modelo detalhado de um único neurônio. A partir daí, começaram a integrar esse modelo em rede de múltiplos neurônios, até atingir uma escala de 10 mil deles, em 2008.
No momento, eles trabalham com cem dessas "colunas", o que equivale a 1 milhão de neurônios interconectados simulados em computador.
Folha