Foto: Andréa Lobo / Circuito MT
A história do Grupo Gazeta de Comunicação se confunde com a história do próprio diretor executivo do grupo, João Dorileo Leal, símbolo-mor de seu próprio império, começando em 1989, quando o embrião do que viria a ser A Gazeta se formava.
Neste mês o grupo comemora 25 anos de muita história, mudanças, novas fases e uma palavra que para Dorileo define o grupo: credibilidade.
Entrar nas casas das pessoas todos os dias, ano após ano, seja através de um jornal impresso ou da televisão, certamente não é uma tarefa simples; agora, mais do que isso, criar vínculos com pessoas e com esse vínculo a fidelidade, é tarefa ainda mais árdua.
“Me sinto realizado por ter um projeto dessa grandeza, consolidado nesses 25 anos, com o fruto de muito trabalho”, afirma Dorileo salientando que o maior patrimônio conquistado e consolidado nesse tempo todo foi a credibilidade: “Não é possível se manter sem isso”.
O empresário, que no começo de sua vida na comunicação, lá em 1976, trabalhava como radialista narrando esportes, tendo passado por todas as rádios e TVs da época, acabou enveredando para a área da publicidade, onde encontrou seu verdadeiro comercial. “Por ter um salário muito baixo, a gente vendia propaganda para melhorar a renda e eu descobri que gostava de fazer isso e fui para esse lado”. Leal acabou se tornando diretor comercial de um dos maiores jornais da época, o Jornal do Dia, onde esteve durante doze anos, tendo saído para criar o jornal A Gazeta.
“Saí do Jornal do Dia para montar o projeto do jornal A Gazeta, a convite dos meus amigos da Construtora Triunfo, que queriam um grande projeto de comunicação para o estado. Eu topei, eles entraram com o investimento e eu tinha o conhecimento”, relembra o comandante do Grupo Gazeta.
Depois de abrir o jornal em 1990, Dorileo engrenou na coisa e em 1992 inaugurou a Rádio Gazeta FM e a Rádio CBN. Um ano depois foi a vez da TV Gazeta – canal 10 ir ao ar e ser a primeira emissora a chegar em todos os municípios de Mato Grosso.
“Quando a ideia de abrir um novo jornal surgiu, acharam que eles estavam loucos e que não ia funcionar, pois já havia três grandes jornais naquele momento: O Estado de Mato Grosso, Diário de Cuiabá e Jornal do Dia – e pensavam ser impossível ganhar espaço, já que outros haviam tentando sem sucesso”, conta o diretor comercial do Grupo, Carlos Dorileo.
Ele explica que o novo projeto só deu certo porque foi pensado para ser diferente de tudo que já havia na época, desde o projeto editorial e gráfico até a estrutura moderna, com o que havia de melhor, além de corpo de profissionais de peso. “Fomos visitar e até fazer uma espécie de estágio em sedes de grandes redações de jornais do Brasil e também pesquisamos o que o pessoal do interior queria de um jornal”, diz Carlos. Para ele, João Dorileo teve uma mistura de estrutura, veia jornalística e DNA comercial e o que o mantém como referência até hoje é a constante atualização, qualidade e compromisso com os leitores.
O atual diretor de jornalismo e editor chefe de A Gazeta, Mauro Camargo, também estava com a equipe lá no comecinho e conta que o jornal deveria ter começado a circular ainda em 1989, mas, por uma decisão de última hora em substituir as máquinas datilográficas por computadores, o jornal só começou a rodar em maio do ano seguinte. “Era o que havia de mais moderno e tivermos que nos atualizar, aprender a mexer e começar”, conta.
“De todos os lugares pelos quais já passei, aqui é onde tenho mais liberdade editorial. Nunca recebi nenhum tipo de recomendação que esse podia e aquele não podia entrar no caderno, além de aqui ter uma ótima estrutura para trabalhar”, conta Liana Menezes, editora do caderno Vida, e também cria da casa, já que começou no jornal em 1991 e, entre idas e vindas, ficou pouco tempo longe da redação da A Gazeta.
Agora, bem mais maduro, o Grupo Gazeta passa por novos desafios e, segundo Mauro Camargo, está entrando de cabeça na era multimídia, criando conteúdos interativos entre o jornal e o portal. “Fizemos ajustes e aprimoramentos no projeto editorial e vamos investir pesado na interação”.