A unidade do Grupo de Atuação Especial de Contra o Crime Organizado (Gaeco) de Barra do Garças, força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo Civil, deflagrou nesta quinta-feira (09) a operação Tudo 2. Foram expedidos pelo Juízo do Núcleo de Inquéritos Policiais de Capital (NIPO), 12 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão. As ordens judiciais estão sendo cumpridas nos municípios de Barra do Garças, Pontal do Araguaia, Água Boa, Várzea Grande, Alto da Boa Vista e na cidade de Vila Velha, no Espírito Santo.
A operação conta com apoio das unidades do Gaeco de Cuiabá, Rondonópolis, Cáceres e Sorriso (ao todo são 41 agentes), Polícia Civil, Polícia Militar ( 36 policiais militares das Forcas táticas de Barra do Garcas e Várzea Grande) e do Departamento Especializado de Investigações Criminais da Polícia Civil do Espirito Santo (DEIC/ES). Em uma das prisões efetuadas, no município de Barra do Garças, o alvo reagiu e em confronto com a Polícia Militar foi atingido por disparo de arma de fogo e veio a óbito.
Segundo o Gaeco, as investigações apuraram, até o momento, a participação de, pelo menos, 18 pessoas na organização criminosa, inclusive com o envolvimento de adolescente no grupo. Alguns dos integrantes já foram denunciados pela 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Barra do Garças por integrar o grupo criminoso em conexão com homicídio doloso consumado, ocorrido na cidade de Barra do Garças.
As investigações iniciaram após a notícia da existência de vários pontos de venda de drogas (“bocas de fumo”) instalados na cidade de Barra do Garças, cujas condutas, em tese, tipificadas no art. 33 da Lei n° 11.343/2006 (tráfico de drogas). Com o avanço das investigações, após ter sido constatado, também, eventual crime de integrar organização criminosa, a 1ª Promotoria de Justiça Criminal da Comarca de Barra do Garças declinou das atribuições e encaminhou o Procedimento Investigatório Criminal à unidade do Gaeco de Barra do Garças, que tomou as medidas jurídicas para a continuidade das apurações, culminando com as ordens judiciais de buscas e apreensões expedidas na operação realizada nesta quinta-feira (09).
O termo “Tudo2”, que se refere ao nome da operação, é um dos sinais utilizados pelos faccionados para se identificarem dentro da organização criminosa investigada.