Foto Ahamad Jarrah
O coordenador jurídico da campanha de Wilson Santos (PSDB), José Rosa, disse que irá ingressar com ação para pedir nulidade do resultado das eleições em Cuiabá, que elegeu Emanuel Pinheiro (PMDB) o novo prefeito. Segundo ele, o recurso será montado com base em uma declaração do advogado Nestor Fidelis, que coordena a campanha de Pinheiro, de pedido para eleitores não votarem em Santos. A declaração teria sido feita durante apresentação da denúncia de compra de votos contra Wilson Santos, no sábado (29).
“Há uma fala, que considero criminosa e que vamos fazer representação contra ela, em que o coordenador jurídico de Emanuel Pinheiro, Nestor Fidélis, disse para o eleitor não votar em Wilson Santos porque o voto será anulado. Esta é para mim a frase símbolo desta campanha que foi feita para fraudar essa eleição. Isto leva, inclusive à nulidade da eleição. A Justiça Eleitoral precisa conhecer esse fato”, declarou Rosa em entrevista no Centro de Eventos do Pantanal, onde ocorre a apuração dos votos.
Ainda conforme o coordenador, a fala foi identificada em vídeo postado no Facebook por um integrante da coligação de Emanuel Pinheiro neste fim de semana. O material também teria sido distribuído para outras redes sociais.
“Foi mandado por WhatsApp, por e-mail, e por SMS para tudo. Vamos mandar para Justiça Eleitoral porque é evidente que fraudou a vontade do eleitor”, disse.
O advogado representante jurídico de Emanuel Pinheiro, Nestor Fidelis, disse que a declaração foi feita em contexto que aponta para abertura de investigação contra Wilson Santos e não para pedido de troca de votos. "O contexto está claro, dissemos que o processo será aberto contra Wilson Santos, denúncia com provas robustas. E não teve nada a ver com o que foi declarado pelo grupo de que pedimos para não votar no candidato de lá".
Com colaboração de Cintia Mendes e Cátia Alves