A greve de professores mais longa na história da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) continuará por tempo indeterminado. A assembleia geral da categoria realizada na tarde desta quinta-feira (17), na Oca da Adufmat (Associação dos Docentes da UFMT) contou com participação maciça do corpo docente. Divididos entre recuar e radicalizar a maioria votou pela permanência da paralização que já dura mais de 120 dias.
Durante cinco horas de discussões acaloradas e várias explanações contra e a favor da greve um novo documento, denominado Comunicado 40, foi encaminhado para o Comando Nacional de Greve (ANDES-SN). “Não podemos recuar agora, precisamos pressionar o governo e ser uma greve de resistência. Se entregarmos os pontos hoje, não conseguiremos negociar melhorias para a universidade nas próximas lutas”, explicou o presidente da Adufmat , Reginaldo Silva de Araújo.
A proposta derrotada, apresentada como alternativa por um grupo de professores, estudantes e representantes da administração superior, propunha um “acordo de paz” com o governo: a retirada da greve, mediante assinatura de uma agenda de compromissos. Essa proposta obteve 13 votos.
Depois de apresentar números que comprovam a escolha do governo em preservar as relações com setores econômicos mais fortes e de reproduzir vídeo com as declarações do último dia 14, onde o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, reiterou a posição de que a crise deve recair sob os trabalhadores, as avaliações pela radicalização da luta foram unânimes.
A proposta derrotada, apresentada como alternativa por um grupo de professores, estudantes e representantes da administração superior, propunha um “acordo de paz” com o governo: a retirada da greve, mediante assinatura de uma agenda de compromissos. Essa proposta obteve 13 votos.
A greve dos professores e técnicos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) conta com a participação de 1800 professores e tem afetado cerca de 20 mil alunos nos campi de Cuiabá, Barra do Garças, Sinop, Rondonópolis. No início deste mês, foi realizada uma reunião entre o Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e Ministério da Educação (MEC), mas não houve acordo com órgão.