Uma nova até reunião entre as partes está marcada somente para a próxima segunda (26), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), até lá o serviço segue na inconstância.
A paralisação geral foi iniciada ontem, após o insucesso da conciliação entre Sindicato dos Motoristas (STETT/CR) e o Sindicato das Empresas do Transporte Urbano (STU). Mesmo com a liminar da desembargadora do TRT, Maria Beatriz Theodoro que determinou a circulação de 70% da frota nas ruas em horário de pico e 50% nos demais horários, os ônibus sequer saíram da garagem.
“Não faz parte da politica do sindicato garantir percentual rodando. O sindicato não tem como ir na empresa e dizer quem vai trabalhar. Esse é o papel da empresa e queremos que a desembargadora entenda isso”, explicou o presidente do STETT/CR, Ledevino da Conceição.
Sem motoristas
Segundo Ledevino, existe a possibilidade de um pedido de demissão em massa dos motoristas do transporte coletivo, “se as empresas disserem que irão reincidir com quem não está contente, eu digo que não fica ninguém”.
Para ele, caso exista pressão por parte dos empresários para que os trabalhadores voltem a circular com os coletivos ou os motoristas não concordem com uma possível determinação judicial acerca do dissídio coletivo ingressado pelo STU a decisão é “entregar as carteiras de trabalho”.
Indignação
Ledevino conta que hoje, 12 motoristas que chegaram cedo a uma empresa foram convencidos pelo encarregado do pátio a trabalhar. Quem chegou depois, com o apoio do movimento grevista que também já esta no local se recusou a sair. Do total, cinco veículos foram depredados ainda nos bairros adjacentes à garagem, como no Jardim Vitória e Florianópolis.
Ainda hoje, haverá reunião para definir se representantes do comando de greve continuam na porta das garagens das empresas, o medo de Ledevino é que a decisão seja pela não continuidade do grupo.
“Os motoristas não querem sair, mas as vezes não conseguem enfrentar a empresa, por isso o comando está lá. Caso voltem a circular com pouco efetivo pode ser pior e haver mais atos de violência. É irresponsável colocar dez por cento de ônibus nas ruas, para manter a segurança de usuários e trabalhadores do transporte é preciso pelo menos trinto por cento do efetivo. Desse jeito é melhor pagar multa que arriscar a violência e a morte de pessoas”, finaliza o sindicalista.