Esportes

Grêmio sofre com adversários fechados e deixa de somar 8 pontos na Arena

A obsessão por vitórias do Grêmio tem encontrado uma barreira nos jogos em casa pelo Brasileirão. Na verdade, barreiras, no plural. Atendem pelos nomes de Corinthians, Avaí e Santos, que retiraram da equipe oito preciosos pontos neste primeiro turno ao atuarem de forma recuada, em busca de contra-ataques. O técnico Renato Gaúcho entende que as dificuldades seguirão ao longo da competição e se agarra à justificativa de que "nem sempre" o time vai vencer.

Depois de ter problemas com os ferrolhos do Timão e dos catarinenses e ainda perder com gols sofridos de contra-ataque, o Tricolor voltou a sentir os efeitos de uma estratégia elaborada para não ser vazada na noite de domingo, no 1 a 1 com o Santos, na Arena. O gol do rival, aos 44 minutos do primeiro tempo, saiu em um escanteio cavado por Ricardo Oliveira ao chutar a bola em cima de Geromel na linha de fundo. Foi praticamente a única chance do Peixe no jogo.

A segunda etapa, inclusive, chegou a ser modorrenta. A equipe de Levir Culpi trocava passes no campo de defesa, quase sem avançar, à espreita de um bote errado dos jogadores gremistas para se lançar em um golpe de misericórdia. Vale ressaltar que a atuação dos volantes Alison e Yuri e dos zagueiros David Braz e Lucas Veríssimo foram irretocáveis – o Tricolor sofreu para entrar na área do Peixe. E é nessa constatação que Renato encontrou a explicação para o resultado.

– O Corinthians também enfrentou uma grande equipe, que é o Flamengo. E o Grêmio enfrentou uma grande equipe que foi o Santos. São as primeiras colocadas no campeonato. Mas estou feliz que minha equipe voltou a jogar bem. São muitos jogos, um quase em cima do outro, e o Grêmio parece que está sempre em uma decisão. Sabemos que nem sempre vamos ganhar. Mas, se tinha alguém para vencer hoje (domingo), seria o Grêmio. Infelizmente, não deu – afirmou.

Segundo o Footstats, foram 22 finalizações gaúchas – somente três do Santos – e outros 27 cruzamentos para a área. O Grêmio encerrou a partida com 57% de posse de bola e, em alguns momentos, a estatística atingiu 80%. Nada disso, porém, se transformou em uma virada, como ocorreu no 3 a 1 sobre a Ponte Preta.

A falta de um centroavante, como Lucas Barrios, que pediu para não jogar, ficou evidente, ainda mais pela necessidade de mudar a característica do embate. O tropeço do domingo em casa, somado aos outros diante de Corinthians e Avaí, manteve a diferença para a liderança em oito pontos. O time de Renato Gaúcho estaria na ponta da tabela se tivesse vencido os três.

"A gente tentou de todas as maneiras. A equipe deles estava com 11 jogadores na área praticamente. Era quase impossível entrar. Nós dominamos, infelizmente não conseguimos vencer". (Ramiro, volante)

– Hoje em dia as equipes têm jogado assim aqui. É o respeito que o Grêmio tem adquirido ao longo deste ano. Os adversários vêm com uma postura de jogar atrás e buscar o contra-ataque. Temos que seguir trabalhando e saber que vai ser assim em outros jogos também. Fomos superiores e talvez merecíamos a vitória, mas futebol é isso aí. Temos que pensar agora no Atlético-GO – analisou o goleiro Marcelo Grohe.

A chance de recuperação será novamente fora de casa. O Grêmio treina na manhã desta segunda-feira e viaja para Goiânia no início da tarde. Na quarta-feira, pega o lanterna Atlético-GO, às 21h45, na penúltima rodada do primeiro turno. Com 33 pontos, os gaúchos seguem em segundo lugar, oito atrás do Corinthians.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Esportes

Para embalar, Palmeiras vai manter esquema ofensivo fora de casa

  A derrota para o Penapolense no último fim de semana trouxe de volta a tensão que marcou o rebaixamento
Esportes

Santos e São Paulo na vila opõe Neymar e Ganso pela primeira vez

  Ganso trocou o Santos pelo São Paulo de forma polêmica, em setembro, e até aqui não fez grandes jogos