Elisandra Nobre, de 35 anos, grávida de 3 meses, morreu após dar entrada no Hospital da Mulher Maternidade Mãe Luzia por volta das 11h de quarta-feira (6), com fortes dores.
A gravidez era de risco. Segundo a família, dentro do hospital ela teria sofrido duas paradas cardíacas. E quando a equipe médica tentou reanimá-la, a maca quebrou e a paciente foi ao chão, relata Isis Nobre, prima da paciente.
Isis questiona a maneira como a mulher foi atendida. “É uma coisa errada, porque sendo ela do tamanho que ela é, uma maca pequena para fazer uma massagem nela, só podia dar isso, a maca quebrar. Mas eles não pensaram nisso”, frisou.
A direção do hospital reconheceu que a paciente caiu da maca, mas disse que ela teria caído logo que deu entrada na maternidade, antes do início dos procedimentos médicos. De acordo com Walter André Souza, diretor da maternidade, a parada cardíaca “não teve relação com a queda”.
“Na verdade o peso da paciente, é meio constrangedor dizer, é um pouco acima do que suportava a maca. É logicamente um episódio desagradável, mas não foi isso o fator que piorou ou ia melhorar o quadro da paciente. [A queda] foi antes da parada cardíaca. Logo depois ela foi removida, e logo depois ela teve essa parada cardíaca”, falou o diretor.
Uma paciente que não quis se identificar disse que viu quando Elisandra deu entrada na maternidade e falou das condições da maca em que a paciente estava.
“Cheia de solda, tinha umas bolas de solda, uma por cima da outra. Ela passou ali uns trinta minutos, eu acho, para ser atendida. Atenderam ainda duas mulheres na frente dela para depois levarem ela lá para dentro. Foi na hora que jogaram ela de cima da maca. Eu vi na hora que ela chegou. Estava gritando, com muita dor”, lembrou.
A família quer saber se a queda da maca teve relação com a morte de Elisandra. “Ela não estava com hemorragia. Ela não estava com nada. Só sentindo dor. Ela já estava sentindo há dias. Aí a gente não sabe, eles ainda não falaram nada”, reclamou a prima.
A maternidade vai aguardar o laudo da Polícia Técnico-Científica do Amapá (Politec) para esclarecer as causas da morte da paciente. “Ela vai ser encaminhada à Politec e a gente vai aguardar a resposta, do prazo, para gente poder tomar a providência”, finalizou o diretor.
Fonte: G1