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GPA: prejuízo líquido das operações continuadas soma R$ 176 mi no 2º trimestre

O Grupo Pão de Açúcar (GPA) encerrou o segundo trimestre deste ano com prejuízo líquido das operações continuadas de R$ 176 milhões, uma melhora de 35,5% em relação à perda de R$ 272 milhões registrada em igual período do ano passado.

O presidente da companhia, Marcelo Pimentel, disse em coletiva de imprensa que a melhora reflete o avanço da estratégia de reestruturação da empresa, com foco no crescimento das bandeiras premium e expansão do e-commerce.

“O resultado reflete a assertividade da nossa estratégia e a resiliência do modelo de negócios, mesmo diante de um cenário de consumo mais seletivo”, afirmou o CEO.

O Ebitda ajustado cresceu 6,1%, para R$ 420 milhões, com margem Ebitda de 9%. Já a margem bruta ficou em 27,4%, levemente abaixo dos 28,2% de um ano antes. Segundo Pimentel, o desempenho posiciona o GPA com uma das melhores margens brutas do varejo alimentar.

A receita líquida subiu 4,2% na comparação anual, para R$ 4,6 bilhões, impulsionada pelo desempenho das lojas Pão de Açúcar, que cresceram 6,5% em vendas mesmas lojas (SSS), e pelo avanço de 16,8% nas vendas totais do formato de proximidade. Já o canal digital respondeu por 13% da receita total, com alta de 16,3% nas vendas do trimestre.

O CEO ainda destaca que o desempenho também foi beneficiado por uma base de comparação favorável, já que o feriado da Páscoa ocorreu no segundo trimestre deste ano. Excluído esse efeito de calendário, o crescimento das vendas mesmas lojas foi de 5,1%. A bandeira Extra Mercado teve alta de 4,8% no indicador, enquanto o formato de proximidade ficou praticamente estável, com alta de 0,2%.

Sem guidance

No trimestre, a companhia inaugurou nove lojas e fechou dez, incluindo seis unidades Mini Extra. De 2022 até agora, o GPA abriu 213 lojas, sendo 177 do formato de proximidade, 13 supermercados e 23 conversões de lojas de hipermercados em supermercados.

A partir deste trimestre, a empresa deixa de divulgar projeções para a abertura de novas lojas, em função da menor intensidade prevista de inaugurações no segundo semestre de 2025 e ao longo de 2026.

Segundo o presidente, a decisão reflete a combinação entre o avanço relevante já alcançado no plano de expansão, com 213 das 300 lojas previstas já inauguradas, e um ambiente macroeconômico mais desafiador, marcado pelos recentes aumentos na taxa de juros.

“Não vamos abrir lojas a qualquer custo”, afirmou. A estratégia da companhia será direcionar o crescimento por meio da digitalização das lojas de proximidade, com testes de entregas em até 1h30.

Estadão Conteudo

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