A maior parte dessa conta R$ 7,5 milhões será paga pela União e apenas R$ 2,5 milhões pelo Estado, ficando a cargo a da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), capacitar os técnicos do interior levando conhecimentos sanitários epidemiológicos e sociais e estabelecendo metas de curto, médio e longo prazo. Sem o Plano as cidades deixam de receber repasses financeiros do Governo Federal para o setor a partir do ano que vem.
Entre as beneficiadas está Porto Estrela (178 km da Capital), cidade com pior Índice de Desenvolvimento Humano e maior taxa de analfabetismo do Estado. “A nossa cidade é cem por cento com fossa negra. Sem essa ajuda nunca faríamos nem o projeto”, conta o prefeito de Porto Estrela, Mauro André Businaro.
De acordo com o gestor da cidade de apenas quatro mil habitantes, é necessário agora esclarecer os critérios para o treinamento e elaboração dos planos e se esses serão concluídos antes que os municípios fiquem fora da lista de beneficiados pelo Governo Federal.
O então secretário das Cidades Chico Daltro, destacou que os municípios não deixam de planejar e implementar o saneamento por falta de vontade, mas viabilidade financeira.
“As prefeituras não fizeram os planos por falta de recursos, em municípios de ate cinco mil habitantes, não se consegue a elaboração de um plano por menos de duzentos mil reais”, afirmou Chico Daltro.
Fala endossada pelo ministro Berzoini, “o objetivo do Governo Federal é fazer com que os municípios de menor capacidade possam cumprir a lei e olhar para o futuro garantindo a qualidade ambiental da sua localidade”.
Habitação
No mesmo evento foi destacada a assinatura de outro convênio para a construção de 81.500 mil residências em Mato Grosso. Sendo 61 mil pelo programa Minha Casa Minha Vida e 20.500 mil pelo Programa Nacional de Habitação Rural.
Os recursos para esse projeto também serão federais, sendo R$ 110 milhões aportados via Banco do Brasil e R$ 381 milhões pela Caixa Econômica Federal.
Palanque
Os pré-candidatos presentes aproveitaram a reunião com mais de 100 prefeitos para exagerar o tempo da fala protocolar e discursar politicamente. Chico Daltro, pré-candidato do PSD ao governo e Maria Lúcia Cavalli (PCdoB) que tem a pretensão de sair candidata à deputada federal.
Chico Daltro foi quem mais extrapolou, a fala passou de 40 minutos. O vice-governador e então secretario de Cidades – já substituído por Márcia Vandoni , despediu-se do cargo, agradeceu a vários setores do governo, destacou dezenas de obras e ações da gestão ao lado de Silval por quem foi respondido.
Na fala dele, Silval Barbosa, dizendo que esse era uma grata surpresa e que se pudesse delegaria a Chico mais funções dada a capacidade do vice-governador.
Quem também se empolgou foi à reitora da UFMT Maria Lúcia Cavalli que falou por cerca de 20 minutos.
O evento contou ainda com representantes da Funasa, CGU, Associação Mato-grossense dos Moradores de Bairro, Associação Mato-grossense dos Municípios, e com vários secretários de Estado.